EXPLORAÇLÃO SEXUAL INFANTO-JUVENIL

Há muitos anos que a campanha contra a prostituição infanto-juvenil vem recrudescendo e recebendo apoio de todas as associações de classe. Há uma lei que obriga a todos os bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, academias e outros lugares públicos de exibirem cartazes com o telefone para denúncia da exploração sexual de menores.

Alguns resultados já se fazem sentir. Já não é possível ostentar tendências pedófilas como se via há alguns anos, onde algum senhor “distinto” afirmasse em alto e bom som, em alguma roda de amigos: “Pra mim, tem que ter menos de 14 anos.” Hoje, uma pessoa dessas ficará isolada ou confinada ao seu círculo de amigos com o mesmo distúrbio. Já não se vê taxistas com o portfólio de adolescentes nuas, em poses sensuais, num agenciamento espúrio que era tolerado há algumas décadas. Se estas coisas continuam existindo, tornaram-se mais discretas. Fazer com que sejam banidas por completo é também objetivo da campanha.

A prática da prostituição infanto-juvenil é normalmente associada à pobreza. Porém a pobreza extrema não é a da fome. Pobreza extrema é ver mães oferecendo as filhas adolescentes para senhores solitários. Esta é a falência total da moralidade, é o desvirtuamento total do conceito de família. Pior que isso - e não se iludam, há exemplos – é quando o próprio pai violenta a filha.

Toda a maneira de encarar o problema é mais que policial, embora a presença da polícia seja necessária, porque se trata de crimes, independente das causas e das circunstâncias. O que a campanha faz é chamar a atenção da sociedade para o problema e assim conseguir fazer com que muitos crimes deixem de acontecer.

Não é uma tarefa fácil, no cenário cultural do Amazonas. Os povos indígenas não contam a idade como os brancos. Uma mulher em idade de procriar é considerada adulta, muitas vezes estimulada pelos pais a conseguir um parceiro na idade em que as meninas ainda brincam com bonecas. Os jovens têm alguns rituais para atingir a idade adulta, que nada tem a ver com a forma como nós contamos os anos. Porém entre eles não há prostituição embora as formas de casamento variem de etnia para etnia. Não existe pagamento ou premiação por conceder o prazer sexual.

Embora haja lei que prevê punições, a campanha tem a capacidade de esclarecer esta lei e mostrar para a sociedade, e para as próprias vítimas da exploração infanto-juvenil que explicações não são necessariamente justificativas. Que aquilo que acontece na intimidade pode receber uma publicidade nada benéfica para os criminosos. Quando as vítimas tiverem acesso às informações vão denunciar os crimes daqueles que se escondem em alcovas, atrás de cargos importantes, dentro de carros luxuosos ou em mansões cinematográficas.

Ainda há pessoas que associam o carnaval como a liberação sexual geral. Acreditar que ainda pode haver alegria pura é um dos objetivos da campanha. Por isso tudo, independente de imposição legal, é o obrigação de todo o cidadão tentar impedir crimes contra a criança e o adolescente. É uma Campanha pela moral, portanto acima de qualquer outra bandeira. Merece apoio.

Luiz Lauschner – Escritor e empresário

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Luiz Lauschner
Enviado por Luiz Lauschner em 20/02/2011
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