Daniel e a profecia das "setenta semanas"

Sete Semanas (49 anos), Sessenta e Duas Semanas (434 anos), Uma semana (7 anos).

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim ao pecado, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o santo dos santos" (Dn 9:24).

“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas (49 anos)e sessenta e duas semanas (434 anos); ...

Depois de 62 semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas...”

Ele (o príncipe que há de vir) fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9:24-27).

Depois de 62 semanas (434 anos) será morto o Ungido.

Neste período vago, entre o ano 1 d.C. a 67 d.C. seria morto o Ungido.

Em algum ano destes 66 anos intervalares seria morto o Ungido. Logo, o Ungido nasceria antes do ano 1 d.C., e de fato, Jesus nasceu no ano 13 a.C., e foi crucificado no ano 36 d.C.

Este período de Setenta semanas não se realizam de modo ininterrupto, sequencial, consecutivos, mas em quatro períodos intervalares:

Primeiro período ... 538 a.C. a 516 a.C. ... 23 anos.

Segundo período ... 446 a.C. a 434 a.C. ... 13 anos.

erro no Calendário ... 13 anos .... Jesus nasceu no ano 13 antes do atual Calendário.

Portanto, as datas devem retroceder 13 anos, no atual Calendário, para se achar o ano correto do nascimento de Jesus, e então, fecharia 49 anos no período inicial, que é a primeira etapa da profecia das 70 semanas.

Sendo assim, o edito do rei Ciro II, convocando os judeus para saírem de Babilônia e voltarem para Jerusalém, para reconstruírem a cidade e o Templo, não se deu no ano 538, mas no ano 551 a.C. (em um calendário correto, onde o nascimento de Jesus se dá no ano zero).

Terceiro período ... 434 a.C. a Ano Zero (nascimento do Ungido)

Quarto período ... .. 66 d.C. a 73 d.C. ... 7 anos.

As “sessenta e duas semanas” começou a realizar-se no ano 446 a.C., do atual Calendário Gregoriano, no vigésimo ano do reinado de Artaxerxes I Longimanus, em Susã, na Médio-Pérsia. Neste ano também Neemias chegou a Jerusalém, para reconstruí-la (Ne 2:1 e 8:9).

Porém, como dissemos acima, esta data deve retroceder 13 anos, e o correto seria no ano 459.

Depois, vieram as 62 semanas (434 anos) de consolidação do povo judeu: de suas leis e sua religião, até ao nascimento do Ungido (Jesus).

Finalizando esta profecia, haveria uma última semana (sete anos), que se concretizou do ano 66 a 73 d.C.; sendo que na metade desta “semana de anos” , ou seja, por volta do ano 70, cessaria o sacrifício e a oferta de manjares.

"Ele (o príncipe que há de vir) fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele” (Dn 9:24-27).

E de fato aconteceu isso, pois, em agosto de 70 o Templo foi incendiado e Jerusalém foi arrasada pelo exército romano.

Esta assolação contínua, inicia-se com os imperadores romanos, e tem continuidade com os papas romanos. E só terminará quando o império papal for destruído por Deus (Ap 18).

Ele (o príncipe que viria depois do Ungido, era o general romano Vespasiano, que sitiou Jerusalém em 67 d.C.

Em meados de 69, as legiões orientais o proclamaram imperador, e ele vai imediatamente pra Roma, e através de alianças, confirma o seu reinado.

Sucedeu a Vespasiano no sítio de Jerusalém, o seu filho, o general Tito.

Daniel teve a visão das “setenta semanas ou 490 anos” em 538 a.C. (Dn 9:1, 5:31).

Devemos considerar que houve três decretos similares para se reconstruir Jerusalém e o seu Templo: por Ciro II, por Dario I e por Artarxexes I.

Na prática, não houve três decretos, ma somente a revalidação por Dario I e Artarxerxes I do decreto de Ciro II, porque as leis do império medo-persa eram irrevogáveis (Et 7:8):

Os judeus em 538 a.C., estavam bem acomodados em Babilônia (Ag 1:4).

Somente um percentual pequeno da população atendeu de pronto o édito de Ciro II que lhes concedia liberdade e os convocava para retornarem a Jerusalém.

Em 523, fez-se nova tentativa, com Zorobabel e os profetas Ageu e Zacarias liderando esta pequena turba, ergueram o segundo Templo. Mas, novamente foi infrutífera a ocupação de Jerusalém.

Somente em 446, através do obstinado e hábil administrador Neemias, esta cidade foi reconstruída e ocupada efetivamente.

O edito de Ciro II foi cumprido por três reis, e em três etapas.

Daniel também profetiza, no todo, em três etapas, esta profecia dos 490 anos: 49 semanas, 62 semanas, mais uma semana final.

Estas três etapas foram:

1) Em 538, quando Ciro II ainda vivia, Sesbazar, lidera uma pequena turba de judeus que saem da Babilônia e retornam pra Jerusalém;

2) Depois, em 522, quando Dario I começou a reinar na Pérsia, Zorobabel, liderando nova turba, retornam para Judá e reconstroem o Templo, que ficou inacabado, bem como a cidade de Jerusalém, e logo após alguns anos caiu em ruínas.

Acabou-se de edificar o Templo, no sexto ano do reinado de Dario I, em 516 a.C. (Ed 6:14, 15).

3) Neemias recebe o edito de Artarxerxes, no seu vigèsimo ano de reinado, e começa a reconstruir Jerusalém em 446 a.C. (Ne 2:1).

No trigésimo segundo ano do reinado de Artarxerxes I Longimanus, em 433 a.C., Neemias estava em Babilônia, e a cabo de certo tempo retornou para Jerusalém, e começa a impor as reformas religiosas e sociais ao povo judeus.

Iniciava-se então as "62 semanas" ou "434 anos" para fazer cessar o pecado, para expiar a iniquidade, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santíssimo (Dn 9:24 e Ne 13:6-31).

Jesus confirma isto ao dizer:

"Desde os dias de João Batista (nascimento) até agora, o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele.

Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João" (Mt 11:12,13).

Ou seja: todas as profecias e leis profetizaram até ao nascimento de João Batista, que se deu também no ano 13 a.C. - João Batista morreu no ano 34. Durante este período, 13 a.C. a 34 d.C., vigorou o batismo de arrependimento.

As leis e profecias foram assim elaboradas para que o reino dos céus fosse tomada pelo esforço individual.

A partir do batismo de arrependimento de João Batista e também, a partir do batismo de Jesus, por João Batista, continuamos a nos esforçar, mas, somos ajudados pelo Espírito Santo.

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Darci Ubirajara
Enviado por Darci Ubirajara em 24/02/2011
Reeditado em 16/01/2020
Código do texto: T2812298
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