Trote: Prática Medieval

Todo ano a história se repete. No começo do ano letivo nas universidades e faculdades ocorrem as manifestações de boas vindas aos calouros.

O que se seria um momento de integração e confraternização para os novos alunos, não raro, se transforma em constrangimento e humilhação na maioria das vezes.

Em pleno século XXI, infelizmente ainda assistimos rituais tribais sob a desculpa de que são para enturmar os recém chegados aos cursos superiores, como se estes fossem acrescentar alguma coisa para o futuro destes alunos. Pelo contrário, além de ser de péssimo gosto a maioria destes trotes, expõem os alunos a situações ridículas como andar pela rua puxados por uma corda, com roupas íntimas por cima da outras roupas, obrigados a cantar cânticos que nada tem a ver com a faculdade em que estão entrando.

A justificativa para esta aberração continuar acontecendo é que uma tradição e deve ser mantida. Mas se querem manter a tradição, pelo menos que mudem o foco dos trotes. Façam trotes inteligentes, como recolher donativos para entidades carentes, fazer limpeza de arroios e rios atulhados de lixo, visitar uma entidade assistencial e fazer trabalhos voluntários. Isso sim acrescenta alguma coisa para o futuro dos nossos jovens e, não trotes violentos e desmoralizantes que só criam nas pessoas que o sofrem, ressentimento e revolta.