A HORA FINAL

PALAVRAS DE VIDA

Pastor Serafim Isidoro.

A HORA FINAL

“Pai, é chegada a hora...” – Jo. 17.1.

A vida humana é como um conto ligeiro, no qual o tempo passa e nós voamos. Uns após outros os dias sucedem e sem que percebamos o tempo escoa. Se pudéssemos ver a ampulheta que a cada um de nós representa os dias de nossa existência, ficaríamos surpresos em constatar que nela os grãos de areia são mais velozes do que percebíamos.

Chega a hora da partida de cada um de nós. Surpresa para alguns, decepção para outros, descanso para uns tantos. Há um dito tido como verdadeiro de que mais vale um cão vivo do que um leão morto. A história registra o desenlace, mas não perpetua a memória senão de heróis, figurões, destacados personagens. O populacho, a figura comum do povo sepultado em terra fria, é logo esquecido. Dona Maria, dona Antônia, dona Sebastiana, virtuosas ou não, serão relegadas a apenas alguns meses de lembrança.

A morte é o silencio. Ficamos todos contritos perante ela. Será sempre o outro, mas nos move porque pensamos em nossa própria. Como será? O que haverá além desse rio? – “Ninguém sabe” – diz o que não tem fé. “Todos os que morrem estão com Deus” – Diz outro mais piedoso. – “O último inimigo a ser vencido é a morte” – Escreveu Paulo, o apóstolo. Só deseja partir quem está em dor desesperadora.

No estado natural e corriqueiro, ninguém deseja morrer. Para Jesus, o Senhor, a morte tinha um sentido diferente. Ele veio para morrer e dar a vida por aqueles que Nele cressem. Não somente aos doze aprendizes, mas aos do mundo todo. Nele e com Ele está a vida que é eterna, sucessora do tempo, do espaço e da massa. Vida espiritual, vida de glorificados que habitarão a casa do Pai, o paraíso, a nova terra que não terá mais o sol, a lua e o mar já não existirão.

Era chegada para Ele a hora do poder das trevas que O atacariam com todo furor. Carne rasgada, ensanguentada. Tormento físico e verbal por parte de uma súcia desenfreada e motivada por poderes invisíveis. Suor, lágrimas e sangue. Hora horrível que angustiosamente fora por Ele esperada, quiçá por toda a Sua existência, e confabulada veladamente aos Seus aprendizes. Hora que seria única porque morrendo Ele o sacrifício da redenção, da remissão, não mais se repetirá. Com Sua morte remiu para sempre aqueles que Nele creem.

Só Jesus.

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O Pr., Th. D. Honoris Teologia, D. D. Serafim Isidoro oferece seus livros, apostilas e curso do grego koinê: serafimprdr@ig.com.br

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