DEUS, UMA QUESTÃO SOBRETUDO DE LÓGICA

(Reedição)

Da forma como o ateu manifesta a sua descrença, parece não acreditar até mesmo na existência do infinito. Para ele o universo do universo é limitado pelo nada. Ou seja: atrás dessa dimensão só o fim. Teoria absurda, mais incompreensível do que a realidade do espaço sem começo e fim que temos sobre as nossas cabeças. Melhor seria ele não acreditar nem mesmo na sua existência.

Aquele que se convence da realidade do infinito, não encontra dificuldades em crer na realidade do Eterno. Porque sabe que algo originou tudo.

Podemos admitir a não existência do infinito? Claro que não. Ficaríamos certamente a imaginar o que existiria além do limite final dessa dimensão. Ora, se é certo a existência deste espaço sem princípio e fim, é certo também a existência do que é eterno. E o eterno, o que tudo originou, é o que chamamos de Deus.

A sua existência pode até ser inexplicável, porém não admitindo a sua realidade, preferindo acreditar que tudo é obra do acaso, é a maior estupidez. Eu diria ao ateu, que tanto crê no acaso, que o “acaso” é exatamente Deus. E lhe faria três perguntinhas: Quem ou o que, a não ser Deus, poderia ter originado tudo? Segunda: Por que não podemos chamar de Deus a esse originador? E a última: Existe outro nome melhor?

Nenhuma coisa pode surgir do nada. A origem de tudo é a prova incontestável da realidade de um ente existente por si mesmo: Deus.

A ciência só aceita o que pode explicar. Esta é a razão pela qual ela nega a existência de Deus. Ora, Deus é, antes de qualquer coisa, o originador de tudo. Não admitindo a sua realidade, a ciência está estupidamente aceitando que tudo surgiu do nada. Agora, será mesmo que a ciência só admite o que pode explicar? Então por que não explica ela o infinito?

Acreditar na realidade de Deus não deveria ser uma questão de crendice ou apenas de fé, mas de lógica. Aliás, a confusão existente que tem levado muitos a duvidarem da sua existência, é gerada exatamente por uma crença equivocada. Admite-se um deus absurdo; um deus com características humanas, portanto imperfeito, possuidor de sentimentos como arrependimento, ódio, vingança... Que mora longe daqui, em determinado lugar no firmamento, e que só em épocas passadas achava de manifestar-se com freqüência e clareza em nosso mundo. O verdadeiro Deus não está fora daqui nem se esconde em local algum. Ele, assim como a sua morada, o infinito, está em toda parte. Mas, então, por que não o vemos? Poderiam os meus olhos enxergar o que é incomensurável, ou a minha mente, que é produto do tempo, entender claramente o que é intemporal? Talvez alguém me diga: “Acontece que do infinito podemos, pelo menos, ver uma parte”. Responderei dizendo que o mesmo ocorre com Deus. Pois tudo que se vê é parte dele. E em que me baseio para fazer tal afirmação? Na lógica. A lógica me diz que para tudo existir, teve que haver uma origem, e eu seria completamente estúpido se acreditasse na possibilidade de tudo haver surgido do nada.

(“Acredito no Deus que fez os homens e não no deus que os homens fizeram”).