Do intelecto

Todo intelecto é um pseudônimo, no qual comporta sua pluralidade e suas faces criativas, sem as quais o mundo não gira.

O intelecto, força motriz da sociedade, do universo, pseudônimo de criação e evolução, sinômino da superioridade, do que distingue o forte do fraco,o grande e o pequeno; constrói e transforma todo o tipo de saber: o saber a vida, a ciência, o mundo e o homem.

Cada intelectual tem em si um dom que lhe dar caráter de superior, de "vontade de potência", tão comum aos grandes homens que conduzem o mundo. Poderia o pequeno guiar o grande? o fraco conduzir o forte? Desde que o mundo é mundo, são os fortes que governam. É a lei da natureza, a ordem da vida e razão da evolução humana.

É evidente, que mesmo entre intelectuais há distinção, uma hierarquia natural; são os chamados "extraordinários", seres raros, porém, síntese do mais belo fenômeno natural, em que a natureza revela-se e revela toda a sua potência e também gratidão. Sim, gartidão, pois concede ao povo o intelecto que o conduz. O povo, massas uniformes, são por natureza inferiores aos intelectuais.

Quando na sociedade o homem comum e simplório por ventura detém o poder, instaurar-se-á o caos e a desordem em detrimento a toda condição humana, a tudo que é belo e natural. São seres morais, superticiosos, com valores anti-naturais e submirsos à visão dicotômica do "bem e do mal", por tanto, subservientes à sua própria fraqueza.

Toda sociedade que não progride, que não se transforma, acaba por não se alimentar de suas necessidades. Assim, estanca e devora a si mesma, e em nome de deuses levantam estandartes,ideologias fúteis, alimentadas por fanatismos e irracionalidade,no que resulta no aniquilamento de suas necessidades e por conseguinte a sua proria sobrevivência. Portanto, caro amigo! na indústria, nas noções de poder e de capital, é o intelecto concededendo ao homem comum a sobrevivência, a satisfação de suas necessidades e desejos mais instintivos: de serem subjulgados, controlados e conduzidos, não de modo arbitrário, mas natural.

Sem o intelcto as massas seriam como que formigas no formigueiro, a baterem cabeça, com a preocupção única e exclusiva de alimentar-se. Um sistema ordenado, porém de modo mecânico, automático e sem noção alguma de conhecimento. Eis a mais avançada condição a que poderia chegar o homem comum sem o intelecto: a de inseto.

As revoluções populares, enquanto oriundas e fruto das massas demonstram-se efêmeras e destrutivas. Toda ideologia, sistema ou opinião do homem comum são inconsistentes, muitas vezes, nutrida de valores igualitários que levam a sociedade ao fracasso e ao empobrecimento. Valores estes, que não se concretizam de fato,por não serem institivo do homem. Na verdade, são oriundos de ideologias religiosas que tanto aniquilam as paixões, desejos e vontades tão naturais ao homem. A única noção de igualdade benéfica ao homem seria a de que "todos tenham direito a realizar e usufruir o que de mais nautural há em seu espirito".

Durante toda a história quando uma ou outra ideologia igualitária assume, mesmo que temporariamente o controle, evidencia-se todo tipo de vício e de fraqueza humana, pois, é da natureza humana competir, ser diferente e sobrepor-se ao outro. Não há como crer em vontade, poder, tecnologia e grandeza entre homens comuns. Que a sociedade necessite do homem comum, é evidente, mas, sem o intelecto não sobreveviria, não como a conhecemos.

"Apoiar-se no povo é apoiar-se na lama" nos diria Maquiavel, o desenvolvimento e subsistência de toda sociedade e, consequentemente do homem, só é possível por meio do intelectual, das noções de grandeza e de diferença, Caso contrário, voltemos às cavernas.

A felicidade do homem comum, bem como, sua própria noção de homem é, foi e será pensada pelo intelectual. Como já disse antes, é a ordem natural das coisas. Contra as leis da vida e da natureza não se pode opor-se. Com o intelectual o futuro da humanidade é Marte, com o homem comum,voltaremos a idade da pedra.