APENAS JESUS CRISTO

A gente percebe o ativismo cotidiano crescendo e intensificando-se sempre mais; somos cada vez mais engolidos por essa roda gigantesca de ações e atividades a serem executadas, e datas e prazos a serem cumpridos.

Se não estivermos atentos e nos policiarmos constantemente, o mecanicismo do dia-a-dia nos afasta do Senhor. Tem sido esta a principal artimanha do inimigo; tornarmo-nos cheios de atribuições para que esqueçamos do nosso Deus e não tenhamos tempo para adorá-lo.

No Senhor deve permanecer os nossos olhares, Jesus Cristo deve ser o nosso principal foco. Somente assim, conseguiremos vencer a frieza e a escuridão que vive a nos perseguir e busca nos afastar de Deus.

Na última semana, eu estive doente. Por duas vezes, precisei ir ao hospital para fazer exames, tomar soro. Em casa: as dores no corpo, na cabeça, a febre e o frio, as dores de barriga. Foram dias em que permaneci em casa. Depois de um longo período, eu estacionei e me ausentei do trabalho. Foram dias terríveis, como diria o salmista: laços de morte me cercaram. O trabalho continuou, sem problemas, pois não somos insubstituíveis. Eu continuei... continuo. Lamento, pois poderia ter adorado mais ao Senhor ao longo destes dias, porém eu estava fraco pela nuvem de enfermidades que havia me cercado. Hoje, estou curado. O Senhor batalhou por mim, compreendeu as minhas fraquezas, venceu as minhas guerras. Apenas o Senhor tem poder para nos dar de fato a vitória.

Palavras de vitória são as que as pessoas mais buscam. Em minhas orações, eu agradeço sempre a Deus pelas vitórias que tenho alcançado; e não esqueço da principal vitória: aquela alcançada na cruz do calvário. Olhar para a cruz do calvário e perceber o grande acontecimento daquele dia é entender a salvação que Jesus, o Senhor, nos deu.

Não foi apenas sangue humano que foi derramado naquela cruz, mas o sangue do Deus todo-poderoso, que se esvaziou de sua glória e desceu para nos reconciliar com o pai. A conversão a Jesus Cristo compreende principalmente a isto: em olhar para o sangue derramado e perceber a obra redentora de Cristo para a humanidade. A bíblia nos garante: “ ainda que os vossos pecados sejam como escalarte, eles se tornarão brancos como a neve, ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branco lã” (Is 1. 18). É este sentido que precisamos perceber no sangue derramado no calvário. É somente através do sangue que podemos nos achegar novamente a Deus. Algumas doutrinas pregam que os espíritos evoluídos podem nos aperfeiçoar e nos levar a um estágio elevado; algumas religiões defendem que os santos de imagem e Maria (com o título de Senhora) podem conceder a redenção da humanidade. São caminhos que se desviam das Sagradas Escrituras. Como diz o cantor Fernandinho: Nada além do Sangue! É apenas o sangue derramado na cruz que nos reconcilia com o Pai, nos faz ser aceitos como filhos e amigos de Deus.

E nós precisamos conhecer este único caminho e percorrê-lo, no intuito de recebermos a coroa da vida. E estarmos para sempre com o Pai.

São muitas as pessoas se apegam às tradições. Quando começo a falar de Cristo para alguém, comumente as pessoas dizem: mas eu nasci nesta religião (referindo-se a religião a que fazem parte) e vou morrer nela. Outras vezes, dizem: mas tu sabes que a minha religião é que é a verdadeira.

Tenho orado para que Deus retire este véu que cobre a visão das pessoas. Não gosto de tomar posicionamentos radicais (embora reconheça a necessidade em algumas situações), pois precisamos compreender que não é por força que alguém se rende a Cristo, mas por amor a Ele. E na realidade é o Espírito Santo de Deus, apenas Ele, que convence o homem daquilo que é errado, nós somos apenas canais da Palavra.

Certa vez, eu visitava uma igreja e o Pastor pregava a Verdade da Salvação, e mencionava as respostas que comumente escutamos, estas que citei ainda há pouco. Numa igreja em que 90% dos membros são jovens, mas que muitos pais estavam presentes, o Pastor fez a pertinente e ousada colocação: “Muitos dizem: ah! Nasci na minha religião e me criei nela, então vou morrer nela mesmo. Pois, eu lhes digo esta noite: nasceu na sua religião, criou-se na sua religião e se morrer nesta religião vai para o inferno com ela”. A igreja silenciou, depois gritou Aleluia!

Nossa caminhada, em atendimento ao “Ide” que o Senhor Jesus deixou, precisa se edificar em levar o evangelho de Jesus Cristo a todos. Apenas Ele nos leva ao Pai. A bíblia é o único manual verdadeiro de Fé em Jesus. De gênesis a Apocalipse, ela aponta para Cristo, o Filho de Deus. A Bíblia não contém a Palavra de Deus; ela é a Palavra de Deus. Em sua mensagem, explicitamente, Jesus nos diz: Ninguém vem ao Pai senão por mim. É preciso crer na verdade e desprezar as mentiras seculares, que criam outros tronos e outros altares e distanciam o homem do Deus Vivo.

Certa noite de domingo, quando saia de minha igreja, passava pelas ruas da cidade, uma passeata que traz a sua frente uma imagem de Maria a proclamando como Senhora. Ao som do microfone, alguém explicava pela avenida: Nós não adoramos Maria, nós a veneramos... Viva Nossa Senhora! Não existe fundamentação bíblica para intitular Maria como a Rainha dos Céus, e como a Senhora do Céu. Fazer tal afirmação é igualar em posição de autoridade, adoração e veneração a criatura e o Criador; pois sabemos que Deus intitulou apenas Jesus como Rei dos Reis e único Senhor dos Céus e da Terra.

Vale aqui refletir acerca de três passagens bíblicas e relacioná-las com a titulação que alguns líderes religiosos dão a Maria, mãe de Jesus. A primeira, está em Jeremias (7. 18): “Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos Céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira). O Senhor não permitiu esta titulação a ninguém, este tipo de endeusamento lhe provoca à ira. Uma prova contundente de que Maria não é a Rainha do céu está no livro de Apocalipse. O apóstolo João, que recebeu a graça da Revelação de Deus, pode ver o céu aberto, e quando ele nos descreve a sua visão, em nenhum momento nos é relatado o trono de Maria. É Jesus quem está entronizado à Direita do Pai. Apenas Jesus.

Para concluir, podemos observar como Maria sempre se posicionou. Como serva fiel do Senhor, e jamais trouxe glória para si. Em Lucas (1. 46) Maria bem coloca: “a minha alma engrandece ao Senhor”. Esta é uma pequena fundamentação bíblica para reconhecermos que a Bíblia, que é a palavra de Deus, não se contradiz. E se ela afirma ser apenas Jesus quem nos leva ao Pai, os demais textos precisam dar consistência a esta afirmação. E é o que nós encontramos quando lemos a bíblia: Jesus é o centro! Aquele que por sua obra redentora nos deu a salvação.

A bíblia ainda nos afirma que não há expiação de pecados se não houver derramamento de sangue. Maria não derramou sangue. Foi Jesus quem fez esta obra. Ela não pode perdoar os nossos pecados; Ele sim! Ela não pode nos reconciliar com o Pai, Jesus sim! O segredo de ser cristão está em perceber que o sangue de Jesus se materializa na moeda que pagou as nossas dívidas, pois Cristo levou sobre si os nossos pecados, as nossas enfermidades e nos deu de graça (favor imerecido), a salvação. É preciso confessá-lo e crer de todo o coração. O sacrifício, ele já fez.

Nonato Costa
Enviado por Nonato Costa em 08/07/2011
Código do texto: T3083176