O Movimento das Mulheres

Na década de 60, no inicio do movimento feminista, Millor dizia que o maior movimento da mulher são dos quadris. Millor usando de seu humor refinado, referia-se ao movimento que tava mais para show de TV do que propostas que efetivamente trouxesse um equilíbrio dos sexos na sociedade. Principalmente no Brasil onde a mulher sempre foi educada para ser de cama, forno e fogão.

No começo anos 80, quando o poder aquisitivo começou a cair, a mulher foi obrigada a tirar a carteira de trabalho e se inserir no campo profissional para ajudar na renda familiar. Em muitos lares, a mulher passou a ser o chefe da família. Daí então, começaram a vigorar leis trabalhistas que mais atrapalhou do que ajudou a mulher nessa dura e árdua jornada. Desconheço a autoria dessas leis, mas, se elas vem do campo feminino, aí é jogar contra.

Na situação real do setor empresarial e industrial, a carga tributária é muito elevada e por mais justa que possa ser, só para citar um exemplo, lei como "licença maternidade" onera em muito os custos. Nesse meio competitivo, a mulher terá que possuir um nível muito superior ao do homem para conseguir causar impacto ao Departamento Pessoal e assim, mostrar que poderá trazer rendimentos mesmo ficando 120 dias recebendo seus vencimentos sem trabalhar.

Se uma diarista trabalhar em uma residência apenas 2 dias da semana, pela lei trabalhista, cria-se vínculo empregatício e terá direito iguais ao da doméstica que trabalha todos os dias.

Chegou até a discutir no congresso uma licença mensal a mulher de 3 dias, a chamada licença TPM.

Essas leis vão muito bem nos paises desenvolvidos e não cabe aqui essas leis do jeito que são elaboradas. O Brasil está muito longe para dizer que essas leis são uma conquista da mulher. Pois, leis como essas, dificultam o ingresso e a permanência da mulher no mercado de trabalho.

Há uma hora em que deve deixar o eleitoral um pouco de lado e acampar em ações que efetivamente forneçam aparelhamentos e instrumentos que beneficiem o justo bem estar em plena igualdade, e, leis como essas, do jeito que são formuladas, jamais sejam aprovadas e aplicadas.

Infelizmente, graças aos meios de comunicação atrelado ao seu maior anunciante, o Governo, a cada dia faz passar novos conceitos que estão destruindo valores e costumes como que se fosse algo de mais normal. Fico eu imaginando o que se passa na cabeça do humilde e bom cidadão, que rala para ganhar seu minguado salário para educar e alimentar sua prole, quando dado momento, seu filho, ainda garoto, é "agenciado" por traficantes de drogas e tem um vencimento o triplo de seu pai, e, com perspectivas de rápidas promoções. Uma mãe que vê sua filha se prostituir, pois essa achou a maneira mais fácil de ter aquilo que a mãe não pode lhe dar. E... De tantas lutas e movimentos para se atingir o "pleno gozo" da liberdade é triste ver os conceitos que movem essa novíssima geração que está crescendo achando que o bacana é aparecer nas páginas de revista, usar somente roupas de grife e se comportar de acordo com o manual do mundanismo celebridades. O movimento feminista se deu porque a mulher buscava a igualdade entre os sexo, principalmente no meio profissional, objetivando assim, sua independência financeira. Parece que os valores mudaram um pouco para algumas cabecinhas, o objetivo de agora da independência financeira vem de gordas pensões de algum relacionamento com celebridades.

Para quem aprendeu na faculdade que a função dos meios de comunicação é entreter educando, informar e formar, fica a dúvida: será que a função desses meios mudou? Que formação é essa que os jovens estão recebendo? Eles compram as revistas e ficam sabendo, também pela TV, que bacana é usar maquilagem para ficar parecidas com a fulaninha, a roupa que é igual a da outra estrelinha, e que o canal é a competição, o campeonato do "ficar". Seria interessante se os editores dessas revistas e programas de TV dessem uma olhada, de vez em quando, nesses "bem-intencionados e úteis suplementos", em busca de uma pauta menos fútil. Porque, certamente, esses editores não vão querer passar para história acusados de formar toda uma geração de idiotas.

Alguns direitos fundamentais da cidadania ainda são peças de ficção. Liberdade de expressão e imprensa, democratização da comunicação e participação da sociedade na formulação de políticas públicas são bandeiras que os meios de comunicação precisavam levantar, como: o controle de natalidade, com programas responsável do direito de gerar vida e não a condução irresponsável de homens e mulheres colocando ao "bel-prazer" e de qualquer maneira suas crias no mundo.

Sem sobra de dúvidas, o movimento feminino mais gracioso são dos quadris, mas realmente, através de uma maior consciência e participação ativa no desafio de combater as desigualdades, estimulando a participação cidadã no processo da construção democrática é que se atingirá um desenvolvimento social e econômico mais justo.

O fortalecimento de toda a musculatura de um grupo é com a participação. Devemos sim promover a igualdade e para isso, nós, homens e mulheres devemos sempre manifestarmos a cada injustiça ou a cada lei injusta e eleitoreira.

Nessas novas bandeiras femininas que estão desfraldando, devemos cobrar uma rígida fiscalização e ações que efetivamente forneçam aparelhamentos e instrumentos que beneficiem o justo bem estar em plena igualdade, equilibrando homens e mulheres no convívio e na prática da cidadania.

Precisamos construir uma sociedade democrática para que assim, alcancemos uma cidadania por inteiro. Para isso é necessário um plano de igualdade que estabeleça metas e medidas de combate à toda espécie de discriminação.