Currículos - ação e reação

Em 28/11/06, simone silva <ssvsilva@yahoo.com.br> escreveu:

CURRÍCULO – ação e reação

“ Que a saúde do povo daqui

É o medo dos homens de lá

A consciência do povo daqui

É o medo dos homens de lá

Sabedoria do povo daqui

É o medo dos homens de lá.”

(Deixa o menino jogar-Natiruts)

RESUMO

Repensar as ações cotidianas da escola e a função de seus componentes revendo os conceitos de currículos utilizados, pensados e pretendidos visando articular teoria e prática acreditando na premissa de uma aliança entre eles gerando assim uma unidade onde um não nega o outro e vice-versa

Palavras-chave: currículo, sociedade civil, família e escola.

JUSTIFICATIVA

Dentro da história do pensar sobre currículos podemos citar diversos autores das mais diversas áreas do conhecimento. Seja na sociologia, Antropologia, Filosofia, Pedagogia e/ou Biologia podemos encontrar pontos de apoio e/ou partida para esse estudo. Dessa forma temos um leque muito vasto de opções que poderiam nortear esse trabalho.

Pablo Gentili logo na apresentação do seu livro A falsificação do Consenso nos traz a importância do desenvolvimento de uma crítica teórica para compreender e enfrentar com maiores possibilidades de mudanças os movimentos do Neoliberalismo. Já nesse texto levanto uma crítica prática afim de fazer este mesmo movimento partindo da escola e reaproximando as grandes massas populares dos movimentos político crítico para os quais vimos tendo oportunidade sem no entanto termos a consciência da força de nossas ações individuais com reações claras dentro do coletivo.

Apresento a seguir o pensamento de Henry Giroux teórico que estuda a Sociologia dos Currículos e destaca a importância de professores “como intelectuais transformadores/as e como pesquisadores/as em ação”.

Além de transcender as teorias de reprodução social e cultural enfatizando a importância de alguns pensadores no que tange a consciência histórica com dimensão fundamental do pensamento crítico aponta o desenvolvimento de formas de crítica que esclareçam tanto a interação social do pessoal, quanto a história e a experiência particular, substituindo formas positivistas de investigação social pelo pensamento dialético. Ou seja, a reflexão sobre o próprio pensamento servindo como um facilitador do discurso e livre das distorções provocadas pelos encaminhamentos que a população dominante da a história.

E como utilizar esse conceito na prática, no cotidiano da sala de aula? Para tanto recorremos a outra fonte, outro teórico. Vygotsky nos ajuda a incrementar essas ações com seus conceitos de mediação simbólica(“em termos genéricos é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação”) e síntese dialética (“ä partir de elementos existentes em uma determinada situação, fenômenos emergem”). Na prática isso equivale à utilização de uma conduta mediadora onde os conhecimentos trazidos pelos alunos não estarão subjugados aos conhecimentos trazidos pelo professor (tanto como profissional quanto pessoa, indivíduo pertencente a uma sociedade), tanto quanto o seu aluno. Nós professores precisamos ter claro que somos indivíduos pertencentes a uma sociedade pseudo-democrática, trabalhamos numa escola pretendida democrática mas que enquanto participantes dessa mesma sociedade sofremos tanto quanto nossos alunos os efeitos dessas ações muitas vezes autoritárias e cuja força encontra-se nas entrelinhas das relações inter pessoais.

Antigamente tínhamos o autoritarismo claro dominando e coordenando as ações do cotidiano e direcionando a formação do pensamento político da população através da força do estado.

Hoje temos a subserviência implícita em programas de TV, comerciais veiculados livremente, alguns espaços de discussão e pouca oportunidade de ação efetiva e real que atingem as grandes massas acompanhados pela democracia que usando vestes belíssimas e encantadoras convence a todos sobre a “garantia” de um espaço nem sempre efetivo.

Lembre-mo-nos que ao “terminar a escola” nossos alunos terão que construir o seu Curriculum Vitae. Mais do que cursos, palestras e anos de escolaridade este deve vir carregado de conhecimento crítico da realidade que o cerca.

Acreditando na força do povo que superou a colonização portuguesa, a invasão espanhola, preconceito étnico, racial e sexual através de ONG's e movimentos populares, proponho uma nova análise dos comportamentos cotidianos através do estudo científico associado a valoração, observação e reescrita dos comportamentos em/na sala de aula e arredores da escola sob a forma de CURRÍCULO.

LEITURA DO MUNDO, LEITURA DA PALAVRA

O currículo trazido pelo poder público na pessoa de seus professores possui a modelagem pré-definida. Na verdade ele traz em seu bojo a expressão do poder que se pretende conservar a partir de ações cotidianas e sub-reptícias, mensagens sub liminares para as quais temos a obrigação de preparar nossos alunos para aprender a compreender.

E de que meios podemos lançar mão?

Eis a questão: Nada mais, nada menos do que a observação e a disponibilidade de ver para além do que nossos olhos nos permitem.

Que tipo de sociedade não se da conta do futuro que prepara? Por que não se dá conta? Onde estão esses pais que não possuem tempo para os seus? Por que a doença precisa ser a mensageira de informações que o convívio familiar transmite? Desde quando produzimos famílias que não se encontram? Por que? Para que? Para quem?

Em seu texto: Os novos mapas culturais e o lugar do currículo numa paisagem pós-moderna Tomaz Tadeu nos lembra que:

”... o currículo constitui o núcleo do processo de institucionalização de educação. O nexo íntimo e estreito entre educação e identidade social, entre socialização e subjetividade, é assegurado precisamente pelas experiências cognitivas e afetivas corporificadas no currículo.” (1995)

Cabe a nós professores utilizarmos da Escuta Sensível (Barbier- 1993), para compreender esse processo e intervir trazendo a tona essas informações. Onde quer que estejamos, para qualquer papel desempenhado dentro da sociedade, seja como professor, aluno, pais, filhos... somos sempre o OUTRO, temos nossas próprias idéias e vivemos em busca de uma forma melhor de viver. Nosso aluno ou seus responsáveis não são diferentes. Porém nós, enquanto formadores de mentes temos que ter o compromisso de formar para além das paredes da escola, do hospital ou de qualquer outro local onde a escola atue.

É preciso considerar a complexidade da natureza humana, a subjetividade dos sujeitos envolvidos no processo, a importância e colaboração das relações transpessoais e o processo de construção do OUTRO.

Atualmente transitamos em um universo carregado de conceitos e solicitações sobre as quais nem sempre conseguimos compreender ou atuar visto que também nós pertencemos a essa sociedade como cidadãos. A complexidade dos projetos que recebemos em nossas escolas e que “precisam” ser executados, nos tornam confusos por termos vivenciado, enquanto alunos, ações sobre as quais temos que questionar e que não devemos repetir pois correm o risco de levar a educação ao fundo do poço.( Corre o risco de levar ou já levou?). Em suma, somos vítimas da escola que nos formou! Como agir?

Essa complexidade nos leva a cometer erros, exacerbar dúvidas, desistir de sonhos e por vezes a caminhar dentro do simulacro de verdades convenientes. (Para quem?).

NOSSOS ERROS SÃO PRESENTE

Esse poder que, com raízes históricas movimenta hoje as ações da escola pode ser desarmado a partir do momento em que usarmos a dialogicidade para trazer a tona nossas experiências e a de nossos alunos. Trazer essas experiências para a sala de aula e oportunizar a redescoberta de suas origens históricas, raciais e étnicas. Não somos detentores de todas as informações necessárias para o trabalho diário, mas se tivermos a clareza de que podemos aprender sempre e muito mais com outro aí sim estaremos prontos para trabalhar o que esta sendo chamado Currículo Pandisciplinar (pan = totalidade). A saber, “é uma representação de todas as possíveis relações entre as partes do conhecimento construído pelo homem”. Na prática escolar cotidiana teremos esse currículo a partir de recortes segundo valores, objetivos e crenças que se manifestam de acordo com o grupo em questão.

A escola na pessoa de seus professores traz a dúvida embasada em seus conhecimentos anteriores sobre currículos onde uma grade de conteúdos direcionava suas ações cotidianas no decorrer de seus dias letivos e então era só pegar os capítulos dos livros que seriam usados naquele ano e dividir pelos quatro bimestres sem a necessidade de pensar sobre. O professor precisa ter um a forma de pensar diferente dos demais, precisa ser um pesquisador. Não pode ter o seu conhecimento como acabado e precisa levar o seu aluno a expor, ouvir, argumentar e confrontar idéias para desenvolver uma consciência pessoal, ética. Os alunos precisam de desafios que estimulem a descoberta ajudando na apropriação de conhecimentos concretos sobre a linguagem e a escrita e para isso o professor precisa servir de instrumento facilitador da compreensão na interação com o cotidiano propiciando espaço para uma intervenção produtiva na realidade da qual faz parte.

Os alunos precisam de desafios que estimulem a descoberta ajudando na apropriação de conhecimentos concretos sobre a linguagem e a escrita. Para isso o professor precisa servir der instrumento facilitador da compreensão na na interação com o cotidiano propiciando espaço para uma intervenção produtiva na realidade que se lhes apresenta.

Sociedade Civil, Governo, Família e Escola fundem-se em movimentos espirais desenvolvendo e ampliando o espectro de suas ações quando na valoração um do outro e também na indefinição da verdade que deveria e/ou deverá nortear suas ações. Como grupo existem e co-existem. Como entidade são reconhecidos em valor. E como mobilizadores precisam desfazer-se do papel de catapulta e calabouço consumindo novas idéias e fazendo amargar novas iniciativas. Falta a essas entidades reconhecer

“que és tu que geras a tua própria miséria, hora após hora, dia após dia;que não entendes os teus filhos e que tu próprio lhes partes a espinha antes de terem sequer uma oportunidade de desenvolver-se; que devoras o amor; que és ávaro e ávido de poder _ que manténs o cão preso para se <sentires> dono”. (Reich,1977)

A vontade pode existir mas não se pode esquecer a necessidade e a verdade que habita outras mentes.

Como diria Regina Leite Garcia: “Nada impede que o aprendizado da vida oxigene a vida da escola”. Independente de onde essa escola esteja funcionando. E provando que só o consenso entre os propósitos do educador e do educando podem transformar a escola em um lugar de prazer e crescimento para todos os seus segmentos.

DO CAOS À ORDEM – OU NÃO...*

Devemos abandonar o medo da mudança, do caos. Aqui representados pelos erros que carregamos no decorrer de nossas vidas. As ações precisam estar carregadas de novas descobertas e para isso precisamos estar atentos a todas as informações do entorno. Estar abertos a troca. Para isso temos que ver o outro como ser social detentor de cultura e informações que nem sempre possuímos tendo em vista termos uma história diferenciada. Será a inquietação a responsável pela formação integral e para tanto é preciso ter claro que:

· A verdade será sempre relativa.

· A obediência e aceitação incontestável não levam a mudança.

· A contestação sem fundamento não altera opinião.

· Ninguém muda, faz valer suas idéias ou cresce sozinho.

· A prática pode não levar a perfeição, mas a reflexão sobre ela a aproxima da mudança.

· Feliz o “mestre” que transforma o seu discípulo em um indivíduo que questione suas idéias.

LER E ESCREVER COM MUITO PRAZER

Ensinar enquanto educação deveria supor uma formação crítica. Sendo assim em nada ajudamos os nossos alunos se nos limitarmos ao ensinamento de letras, sílabas, palavras e frases. Sons perdidos num mundo onde a leitura e a escrita nos aparecem de forma não compartimentada e dentro de diferentes frascos (portador de texto).

É preciso uma proposta pedagógica onde a leitura seja compreendida como a transcedência dos códigos e necessidade para assimilação da história que vive.

Trabalhando com conceito de:

ZDP (zona de desenvolvimento proximal), Vygotsky - “... a aprendizagem acontece no intervalo entre o conhecimento real e o conhecimento potencial. Em outras palavras, a ZDP é a distância existente entre o que o sujeito já sabe e aquilo que ele tem potencialidade de aprender.”

Cidadania da sobrevivência, Valla: “O autor relaciona a educação e saúde com a cidadania através da discussão dos serviços básicos e os impostos pagos pela população. As contradições decorrentes da distribuição desigual das verbas públicas, privilegiando a infra-estrutura industrial sobre o consumo coletivo, apontam à necessidade dos setores populares organizados da sociedade civil pressionarem os governos para uma política alternativa.”

Alfabetização crítica,Paulo Freire - “ ... a alfabetização nesse sentido não está meramente ligada a noção de relevância; ao invés disso, está baseada em uma visão do conhecimento humano e da prética social que reconhece a importância do uso do capital cultural do oprimido afim de valorizar as vozes e as formas de saber que usa para negociar com a sociedade dominante.”

Dentro de uma teoria interacionista de alfabetização explicada por Giroux da seguinte forma “Aprendizagem é considerada como uma interação dialética entre a pessoa e o mundo objetivo, e o conhecimento é visto como uma construção social.”(1983).

Dentro desses parâmetros ensinar não significa limitar o campo de visão do outro e nem as suas possibilidades de crescimento. Não temos esse direito!Significa assim abrir r o as portas para que esse outro perceba-se enquanto ser histórico com participação efetiva no dia a dia dessa história. Até mesmo porque a forma como o texto, e aí entende-se por texto toda a mensagem transmitida independente de seu portador, remetente ao contexto, chega ao leitor vai depender em muito de sua interpretação que tal qual sua definição está subjugado em muito ao que este viveu,viu,sentiu e se emocionou. Ou seja, é pessoal e tem um tempo de absorção que é interno e íntimo.

A educação tem que propor uma reflexão crítica sobre uma realidade concreta contendo como parte desse movimento a apresentação concomitante da leitura da escrita. independente do nível de conhecimento da língua que possuam os sujeitos envolvidos nesse processo propondo a reescrita de maneira crítica e a partir do desejo consciente da importância desse ato. Tanto o educador quanto o educando, personagens envolvidos na ação da aprendizagem, devem fazê-lo conscientes de que ora um, ora outro estará a frente desse processo. Assim poderá se acrescentar/ alterar efetivamente o modo de pensar levando à mudança de postura de ambos. Ou seja, do caos a ordem e novamente ao caos. Como diz Paulo Freire, a leitura do mundo precederá a leitura da palavra e desta implica a continuidade da leitura daquele. Ou seja, um NÃO a cultura do silêncio onde são considerados ignorantes homens e mulheres aos quais foi negado o direito de se expressar e cujo conhecimento de sua existência deve viabilizar sua transformação.

CONCLUSÃO

As questões aqui apresentadas pretendem levantar questionamentos propondo discussões entre os grupos pertencentes a escola no que tange a questão do currículo que se aplica,o que se aplicou e o que se pretende aplicar nas ações da sala de aula e também nas ações desse coletivo da escola. Visa expressar a premência de análises minuciosas e coletivas, destacando a importância da dialogicidade, do caos e da suprema necessidade de coerência crítica sobre essas ações.

Pretende-se despertar o interesse pelo trabalho que acontece dentro da sala de aula expresso pelo professor qu e atua na mesma, com a disponibilidade de interferência e colaboração dos seus colegas de trabalho,também professores dos alunos que estudam na sala em que atuam. Logo, colaboradores do processo de construção do conhecimento. Visto que na troca é no convívio que se trocam e complementam informações construindo e desconstruindo.

Precisamos estar atentos aos movimentos sociais de manipulação e dominação que nos leva, a crer em uma globalização que pode nos conduzir as algemas das correntes que outrora prendiam escravos nas senzalas travestidas de bairros-cidades constituídas pela população de baixa renda e monitoradas na intenção de manutenção do status quo das classes dominantes.,

CURRICULO, ESCOLA, SOCIEDADE E PODER não existem de forma dissociadas e suas identidades se confundem e auto constroem numa simbiose cuja a base de formação deve ser a crítica na forma de olhar, sentir e perceber as linhas e entre linhas que constroem seu texto indiscutivelmente histórico

Questões de poder circulam sob nossos olhos por hora cerrados mas que futuramente e a partir de uma consciência crítica dentro de uma prática dialógica poderá ser revertido em crescimento com o reconhecimento da importância das experiências, idéias, pensamentos e conhecimento de todos os envolvidos.

O dia a dia tem outro sabor quando percebemos o quanto podemos aprender quando abandonamos formulas quando nos arriscamos na aventura contida em toda a parte e com todas as pessoas.

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“Apostar? Não sabemos se já se jogou tudo ou se nada foi jogado. Nada é certo, principalmente o melhor, mas inclusive o pior. É dentro da noite e do nevoeiro que precisamos jogar.”

(Edgar Morin – Para Sair do Séc.XX - p. 361)

Simone Carneiro

Pedagogia Hospitalar - H.U.A.P.