O SUPER-HERÓI CUBANO

Fidel Castro é o protagonista da libertação de Cuba, pois fim à subordinação e dependência dos EUA. Quando o país se tornou independente da Espanha, o Estados Unidos passou a intervir diretamente na ilha através da Emenda Platt, assim mantendo seus interesses. Foi uma “troca de cebolas”, pois saíram os espanhóis e entram os norte-americanos. As estruturas foram praticamente mantidas como eram no período colonial.

Sua economia sempre foi focada na exportação de açúcar. Suas belas praias e paisagens, atraiam turistas norte-americanos. Foi montada toda uma estrutura para o turismo, mas de que adiantava isso aos cubanos se era o Estados Unidos que controlava tudo?

Fidel indignado com o que acontecia, montou um exército de guerrilheiros para tentar fazer uma “revolução”. O financiamento de seus propósitos, veio ilicitamente, através de desvios feitos por Fulgêncio Batista e seus aliados, na época em que o sargento Batista chefiava o governo e as forças armadas, estes dominados pela prepotência norte-americana.

O grande herói, sempre persistente e corajoso na luta por seus ideais, obteve sucesso em sua campanha. Tomou o poder de Cuba e implantou o socialismo. Os conflitos com os interesses norte-americanos expandiram-se em progressão geométrica, mas por outro lado, a URSS estava cada vez mais próxima e resolveu instalar seus mísseis atômicos ali. Reagindo imediatamente, o presidente dos Estados Unidos na época, se sustentava na tese de que essa estratégia militar, fosse uma ameaça à segurança nacional de seu Estado. Esse momento é conhecido com a “Crise dos Mísseis”.

Digno de respeito e alvo de críticos, Fidel pode exaltar com grande brio seus êxitos nos campos sociais. Apesar do despotismo político, priorizou-se a educação, a saúde e o extermínio quase total do desemprego, dentre outros fatores sociais. Os soviéticos compravam 60% do seu açúcar, mas não se previa o fim da URSS, deixando a economia cubana debilitada.

Na comemoração de seus 80 anos, os gritos de “Pátria ou morte, venceremos!”, descrevem muito bem sua atuação na história do país e a gratidão dos cubanos por sua ousadia, diligência e patriotismo. Vale também lembrar que, Fidel é um herói para os cubanos, e não um Deus. Como todo bom herói, ele também tem seu "calcanhar de Aquiles", reconhecido na crise econômica e na ditadura do comunista.

A perspectiva de um futuro econômico melhor, é toda depositada no desenvolvimento do turismo. Politicamente, não se deve mudar quase nada, a não ser que apareça um novo revolucionário ou se os novos dirigentes abrirem a guarda para as intervenções externas. Socialmente, a tendência é melhorar em quanto houver ênfase na alfabetização, saúde e demais fatores.

Allan Pedro
Enviado por Allan Pedro em 06/12/2006
Reeditado em 08/12/2006
Código do texto: T311074