Intelecto - manipulador das massas

Desde o início dos tempos alguns "homens"têm transgredido em benefício próprio, através de métodos reclusos e doentis. Justificam seus atos por se acharem os “pastores” da humanidade prontos para saciar as necessidades e anseios das massas, pseudo “ovelhas” em sua ótica. São lacaios da ciência e servos das “verdades” ocultas, pois estes homens extraordinários pertencem a lama, a qual Maquiavel compara o povo. Não de se admirar que Maquiavel fosse um intelectual contraditório, o qual deu base através de sua tese para o emudecimento das massas, ensinou os intelectuais a mentirem a iludirem o povo, dando falsa noção de que este precisa de um guia, de um “messias” premeditado. O povo, este sim, representa força e pluralidade. Como explicar o temor da pequena parcela de extraordinários – parasitas da sociedade – rente às massas. Os intelectuais manipulam os saberes e acobertam por via da razão (e se iludem, pois, o real não é representação) o senso comum, inerente ao povo. Os mitos se tornaram mitos porque explicavam os fenômenos, e na sabedoria das massas evitaram, por exemplo, um colapso genético. Muitos desses intelectuais nascem sadios com estruturas genéticas normais devido às proibições consangüíneas. Então, fora um cientista ou professor que chegou a esta conclusão, ou a observação de anciãos provenientes das massas?

Segundo Matos, em sua dissertação sobre o intelecto, a mais avançada condição que o homem comum chegaria sem a assistência do homem intelectual seria a de um inseto. Um breve lapso, sobretudo, que logra uma perspectiva animadora, o inseto sempre incomoda o homem – considerado uma espécie avançada, mas que mesmo criando fortes pesticidas, os pequeninos insetos multiplicam-se ou se adaptam e tendem a incomodar ainda mais. Se o povo é um inseto, então por que temê-lo? Os intelectuais considerados fortes, superiores ou avançados são efêmeros e prejudiciais, pois criam ideologias perversas, rateiam o conhecimento sem entender que as massas lhes permitem esses pequenos instantes. O que dizer de médicos congratulados por suas experiências e estudos, mas que na verdade precisaram de homens comuns para formularem suas teses e hipóteses? Alguns esconderam o fato de que “inferiores” é que encontraram e desenvolveram as soluções para problemas da humanidade, o fato é que estes não tinham diplomas. Afinal quem sustenta esta corja de intelectuais é o povo, quem lhes dá escape e aprova seus métodos é o homem comum, o cidadão de bem.

Haverá o dia em que as massas se darão conta de seu poder e não mais o “grande”, conforme Matos, guiará os “pequenos”, afinal a ótica correta seria de que os “grandes” (o povo) é que guiará e julgará o pequeno (o intelectual). Quem iniciou e propagou o derramamento de sangue com a idéia de tecnologia e consumo foi os “extraordinários”, o povo apenas silenciou-se para observar até onde vai a infecção causada por estas bactérias nocivas.