FESTA NO APÊ DOS COMERCIÁRIOS

Embalado pelo som do pessoal alegre da Verão Nativa , a Praia Grande foi, mais uma vez, palco de momentos agradáveis e inesquecíveis para mim e minha família, nessas férias de início de ano.

A festa no apê, do cantor Latino, ainda permanece em nossos ouvidos, e, nos nossos olhos ficaram as imagens que somente um dia de sol, no mar, podem proporcionar.

“ Hoje é festa lá no meu apê / Pode aparecer / Vai rolar bunda-le-le...”

Logo de manhã, após uma caminhada de trinta minutos, sentados na areia, apreciávamos a procissão multicolorida de cadeiras , guarda-sóis e sacolas chegando e aconchegando-se em pequenos grupos.

“Hoje é festa lá no meu apê / Tem birita / Até o amanhecer...”

Em torno do Carrinho do Saldanha, abundavam a cerveja, a água de coco, o milho verde, os pastéis enormes, o amendoim , os espetinhos de camarão.

“Chega aí / Pode entrar / Quem tá aqui tá em casa...”

Mesmo a quilômetros de Ribeirão Preto, estávamos em casa, recebidos pelo calor do pessoal simpático da colônia de férias do Sindicato dos Empregados no Comércio.

“Olá, prazer ! / A noite ( hum) é nossa . / Garçom, por favor, venha aqui e sirva bem a visita...”

Na feirinha da Avenida das Colônias, bem defronte ao marco divisório, entre os bairros Ocian e Mirim , nos intervalos entre uma visita e outra à praia, a possibilidade de comprarmos pequenas lembranças para Iemanjá e para familiares e amigos que ficaram em Ribeirão Preto: chapéus, bolsas, colares, etc.

“Tá bom, / Tá é bom / Aqui ninguém fica só / Entra aí e toma um drink / Porque a noite é uma criança ...”

À noite , com a pele avermelhada de sol, o ponto de encontro era o Quiosque do Japa, um oásis cercado por barracas vermelhas da Brahma, amarelas da Skol, e por coqueiros, muitos coqueiros adornados com saudáveis cocos alaranjados onde rolava muita caipirinha, casquinha de siri e as mais variadas porções.

“ Hoje é festa lá no meu apê / Pode aparecer / Vai rolar bunda-le-le...”

Na hora do almoço e do jantar, após uma passada rápida pela piscina e pela sauna, éramos recebidos pelo sorriso amigo e aconchegante da Viviane, e um variado cardápio nos era oferecido em amplo e impecavelmente limpo refeitório. Muitas opções de saladas, frios, pratos quentes e sobremesa, acompanhados de suco, refrigerante ou cerveja.

“Hoje é festa lá no meu apê / Tem birita / Até o amanhecer...”

Na praia, à noite , potentes refletores quase que substituíam a luz do dia, e, de manhã, uma névoa, que, durante todo o restante do dia, coroava a serra, baixava sobre os prédios da avenida litorânea e criava espectros que se perdiam na faixa de areia poeticamente acolhida pelo mar , a serra e o céu.

“Tesão, sedução, libido no ar. / No meu quarto tem gente até fazendo orgia...”

Ao som da música tema do filme Titanic, final da tarde, corpos ao sol, era impossível deixar de se pensar no tsunami e na força infinita do mar, do sol , do vento e da areia.

“Tá bom / Tá é bom / Tudo é festa / Pegação / Vou zoar o mulherio e a chapa vai esquentar...”

No fim da festa no apê dos comerciários, já no ônibus em viagem de volta, a troca de lembranças do amigo invisível promovido pela simpática e atenciosa Cristina , guia da excursão, e as imagens belíssimas dos abismos da Serra do Mar.

“Chega aí / Pode entrar / Quem tá aqui tá em casa...”

E, depois de seis horas de viagem, com muita piada, alegria e confraternização, eu estava mais uma vez em casa, disposto e descansado para enfrentar mais um ano letivo.

Tinha início para mim a outra festa : a festa no apê do Colégio Anchieta, versão 2005.

Tórtoro
Enviado por Tórtoro em 13/07/2005
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