A Inter Relação de Experiências Educacionais

Conectando sob nosso pensamento as diversas oportunidades expositivas de trabalhos artísticos (ou não) na vida escolar; podemos considerar primeiramente que:

A perfeição é uma farsa manipuladora de egos e também criada por eles, para enganosamente nos acharmos auto -suficientes. Essa completude de ser “o melhor” é muito vista e sentida na nossa formação pessoal, tanto perante as pessoas, como a nós mesmos.

Poderia eu continuar dizendo, que a perfeição é um degrau inatingível de um topo utópico e mesmo assim idealizado; porém acreditando que a pureza da aura que nós humanos (dispostos a evoluir sempre) temos em nossas mãos, transmita esta mensagem reflexiva, então coloco como ponto de partida o progresso gradativo em sociedade que vai desde o bebê até o mais experiente ancião.

Só a experiência efetiva garante o saber, não deixando de entender que o conhecimento sempre requer minha relação com o outro, os fatos que compõem a historia pessoal de cada um e de que maneira encaro tais situações; tirando proveito dos dois extremos que possuem os resultados: Sucesso e Fracasso. Quem aprende, aprende com alguém ou com algo, por isso as relações humanas devem ser estreitadas em laços fortes com o passar do tempo.

O sucesso de nossas experiências educacionais ao longo de nossa vida se dá a medida em que inicialmente acolhemos, depois desfrutamos e por fim analisamos as práticas vivenciadas.

Já o fracasso pode ser analisado muito mais em outras diversas questões do nosso cotidiano, do que propriamente no ambiente escolar, uma vez que a escola deve ser um ambiente de integração – cooperação e não de competição. É sabido que nem sempre os objetivos que o educador propõe flui nos trabalhos dos alunos, mas não deve ser encarado como fracasso e sim como reciclar a maneira de como passar a idéia aos alunos. Levando a discussão para o aluno deve saber valorizar detalhes de destaque nas participações deles nas atividades e não instalar mesmo que subconscientemente a idéia de “fracasso”.

Por isso defendo a preservação da “MOSTRA ARTÍSTICA” como incentivadora da real prática de ensino através de experiências vividas; sem comparações, sem júri, sem mascaras e sem artificialidade (de certa forma imposta pelo rigor da bancada de um juízo final).

A contemplação de um trabalho artístico, por exemplo, é de fato realizada quando uma sistematização que através da tensão pré-julgadora, cesse a total espontaneidade expressiva.

Na comunicação em apresentações escolares podemos como educadores refletir e transmitir esta consciência aos nossos alunos:

O que de melhor trouxe para o espectador? O que consegui deixar com o publico? O que levarei comigo de mais relevante?

Questionamentos pautados pela mensagem, conceito e idéia foco do trabalho. Estas três etapas são eixos de nossa pratica de ensino – aprendizagem, também exercida em alguns momentos pelos alunos. Já a teoria (também importante) requer o pré e o pós da apresentação, esmiuçados em proposta e resultado.

Professor Tiago Ortaet

E.E. Parque Continental

E d u c a ç ã o A r t í s t i c a