Tudo na vida tem sua fase, o instante exato que oferece uma oportunidade que não voltará mais, pois tal oportunidade pertence somente a este momento.

1- É comum, com o avançar da idade, vivermos pensando no período que já foi, agindo de forma estranha para este instante, buscando uma atitude que seria adequada caso a fase fosse a que já não existe mais.

Por exemplo, alguém alcança quarenta anos, mas age como se tivesse vinte anos. Por mais que ela se esforce, ela apresentará algo no seu comportamento bastante artificial, pois ela jamais viverá como se tivesse vinte anos (ela não tem mais vinte anos) e deixará de aproveitar sem perceber os seus quarenta anos.

É muito provável que depois, com sessenta anos, tentando viver como um quarentão ou uma quarentona, essa pessoa perca mais uma vez a oportunidade de viver o presente, pois ela é aquele tipo de pessoa que não cansa de buscar o que já não pode ser mais experimentado.

O que jamais devemos perder das fases que passaram é a juventude da alma, o entusiasmo pela vida, a boa disposição, o otimismo, conservando na forma de ver o mundo e nos ideais o ânimo que normalmente exteriorizamos quando somos adolescentes.

Isso é importante manter, recordar, retomar, enfim, jamais abandonar.

Mas viver o que já passou é impossível. Além de o tempo implacavelmente não permitir, essa atitude prejudica o momento que interessa, o hoje.

2- Aquilo que nós aprendemos com as experiências da vida nos seguem inevitavelmente e constituem uma espécie de “bagagem” a facultar que vivenciemos este momento melhor do que viveríamos outrora, ou seja, é possível viver o agora de uma forma excepcional.

Se muito descobrimos com o correr dos dias, se adquirimos muitas lições, isso indica que somos indivíduos amadurecidos, portanto podemos sofrer ou enfrentar eventuais sofrimentos com uma sabedoria que não revelávamos antes.

Mas, quando olharmos para trás, verificando nossas burradas, isso não deve nos entristecer já que pertenceu ao passado. Podemos ficar satisfeitos por sabermos que não repetiremos tais mancadas.

3- Escrevo este artigo por notar muitas pessoas presas a algo que já não existe mais, deixando de aproveitar as possibilidades reais da vida, que podem ser saboreadas hoje.

Sempre faltará, por exemplo, ao nosso lado uma pessoa querida, será comum a gente lastimar uma situação ou um acontecimento no qual fomos infelizes, mas, neste exato instante, há uma oportunidade que nos permite viver bem, com alegria, de modo agradável.

É a melhor receita, pois, sempre lastimando o que passou ou o tempo todo vinculados ao pretérito, o futuro certamente chegará e talvez o nosso presente venha a ser objeto de nossa nostalgia no porvir.

Dessa forma, jamais quebraremos esse ciclo por nunca conseguirmos valorizar as alegrias que a vida não cessa de ofertar em cada fase de nossas existências.

É a minha opinião, é o meu pensamento.


Obrigado!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 07/02/2012
Reeditado em 07/02/2012
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