OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NO COTIDIANO DA VIDA DE ADOLESCENTES E JOVENS

Tenho aproveitado que estou em casa nesse semestre, no horário da noite e passei a assistir a novela malhação e a novela das seis. Tenho assistido uma série de situações que influenciam uma geração de adolescentes e jovens com modismos, condutas, a inserção de “novos modos de ser adolescente”.

Não fosse a cópia das crises existenciais e das brigas ridículas das escolas americanas, das propagandas de jogos, quem vence quem, da concorrência, das patrícios e mauricinhos, num estilo de ser adolescente que não condiz com o modo de ser dos nossos adolescentes, numa copia ridícula dos costumes americanos.

A má influência se dá em fabricar rixas entre alunos, ensinando aos nossos filhos que, cada grupo se articula para tirar proveito do outro. A realidade é de escolas de classe média, e a maioria são jovens, bonitos e inteligentes, ou bonitos ou inteligentes.

Um assunto puxa outro, e em decorrência lógica, vemos a influência de sociedade globalizada, impondo situações externas para serem assimilados indiscriminadamente, numa realidade local que é diversa, tanto do ponto de vista econômico e social, mas da própria conjuntura história que se faz conhecer através da tradição, do aprendizado de cada grupo social, em determinado contexto biopsicossocial, religioso, etc.

Não estou defendendo um rigor quanto ao contexto social e histórico, no sentido de manter as tradições a despeito da realidade socioeconômica, que está em crise, pelo desejo de possuir e de vivenciar um contexto, claramente definido por uma outra sociedade, que vive outra realidade, causando uma crise, pois buscam-se mudanças conjunturais sem que elas sejam, antes de mais nada, estruturais, que demanda tempo, conhecimento, maturidade. Nesse processo, acabamos nos tornando cópias imperfeitas das imperfeições alheias.

Então, que critérios deveriam elaborar para que pudéssemos filtrar as inovações que nos são impostas, pela velocidade da informação, e que tem tornado o mundo numa “aldeia global”, onde as discrepâncias se acentuam pela falta de políticas públicas, de uma eficiente máquina administrativa, e pela contumaz da corrupção que tem invadido todas as esferas da sociedade, e invalidade a legitimidade de instituições que deveriam ser referencial de justiça, integridade, operacionalidade, respeito pelo dinheiro do contribuinte, bem como do seu voto.

Qual deveria ser o papel dos meios de comunicação de massa? Há uma perda substancial dos valores éticos e morais, há uma tolerância aos comportamentos distorcidos, e impondo aos indivíduos a aceitação obrigatória de “novos valores”.

Nesse aspecto, a história tem demonstrado que os valores morais e sociais do passado estão dando lugar a uma nova realidade social. O que era certo ontem é errado hoje, ou está em processo de transformação. Isso nos remete a educação, como meio formador e informador da sociedade. Há que se pensar em ter uma responsabilidade dentro desses veículos em não disseminar comportamentos danosos, que a médio e longo prazo apontaram problemas de desajustes sociais mais ampliados, com uma lente de aumento mais objetiva. O que queremos afinal, quando o assunto é educação e orientação? Como será a sociedade do futuro que se chama hoje? Será que faremos como a filosofia cuja postura está no exemplo clássico de que “ A ave de Minerva só alça vôo ao entardecer? Não podemos nos dar a esse luxo, precisamos agir. Como? Que tal começarmos a responder esse como?