A VONTADE DE SER LITERATURA

O que seria se acontecesse de alguém lhe fazer um convite de pronto para ser "Literatura, Artista ou intelectual? "

--Que questão..... Pois vejam:

Normalmente esses convites nunca são tão explícitos como os pretendidos para nossa vida presente. Pelo contrário, a ideia dessas chamadas é enamorar por vias sangrentas para então acabar por acolhidas formas de dor, que por sua vez inventam outro tipo de razão.

Sendo assim, gostaria de enfatizar um pouco no (Convite para ser literatura) e para tal, devemos aceitar todas as formas que o exercício da função literária apresenta, tanto para maioria dos que aqui se pretendem para leitura, como também, os que catequizados e domesticados com o conhecimento, se arriscam desnudados em certos momentos. Juntos parecemos formar a multidão de aglomerados que sedentos para tais funções, acorda para tais decisões: "É necessário não ser para ser."

Assim me parece bastante significante começar no que se pretende dizer e para se dizer algo, é necessário que a linha do tempo entre em movimento.

Daí, ganha-se toda uma expressão à condição espaço X tempo e a necessidade do literário de pertencer à linha parada. Por conseguinte chegam-se de pronto a reclusão, o retiro, a solidão, a análise e a necessidade de ser alguém puramente aberto e abstrato na sua condição: "--De si para outra realidade."

Alguém poderia me perguntar, qual o resultado de tudo isso? --Um teólogo certamente responderia, --Tecnicamente? Ser a primeira pessoa. Isto é, ter seu valor puramente eterno.

Pois bem, já vimos que para ser literatura é necessário tempo X espaço, ser para não ser e por consequência necessidade transpassando a história. Haja vista que todas essas conexões de tempo fazem do literário um farsante buscador. Mas se este se dissimula no tempo, o que vem a ser sua ideia de infinito para um intelectual?

Entretanto, envolto desta questão (literária), enxergo também o artista e o pseudo intelectual. Diante disso, gostaria de sondar se causo ideia de abstração no texto. Se chegar a conclusão que sim, declaro sim ser talvez esse meu objetivo, pois: --Nada me conforma! Tudo me aflige; Uma insatisfação imensa me comove e parece que, assim como muitos, aceito o desafio para ir além da vida.

Volto a prisão, e investigo o que parece incomodar o literário gozador de reflexões. Assim parecendo, este dá-me uma solução bem simples: --Voltar ao abstrato, sentenciar uma ideia, e apresentar um pacote de soluções práticas que deem um resultado para o todo além da realidade.

Tipos:

Existe todo tipo de literário. Os que dizem serem céticos a partir de reflexões, os que salvam-se todos com a teoria do divino, os que alcançam o nirvana com a poesia, os que tornam graça movimentos simples, o técnico que determina padrões, o cientista que faz milagres, enfim, basta ter uma questão que haverá sempre uma sentença.

Lembro-me de antemão que absolutamente nada pode desmerecer as conquistas das ciências empíricas. Ou seja, tudo que se torna fato com o deslocamento do espaço no tempo, o que é bem provável. Mais é bom que também não esqueçamos que tudo não passa de uma posição convencionalista com jogos voltados para as necessidades humanas.

Outra questão que me parece bastante clara no literário é a ideia de "não ser para ser". Nessa conjuntura, os escritos trazem ódio, amor, cantos, criação até voarem perdidos na certeza das possibilidades. Se alguém me dissesse que estas características simples são evocadas na primazia do conhecimento impressas na humanidade, eu diria que não, pois não consigo ver, ao menos não me parece claro que temos tempo para pensar enquanto somos do instante. Se assim o fosse, tudo seria mais simples.

Veja o quadro Tempo X Instante: --Ou amamos ou beijamos, --Ou saímos ou não somos, logo somos e não somos.

Sendo assim, se somos apenas memórias de máquinas em transformação, como nasce o perfeito? Como nasce o solitário? E será possível ver o perfeito nascer do nada? Ou teremos que nos ater a decisões de que o perfeito não existe e é tudo criação humana?

Se o perfeito não existe, nada existe. Se a solidão é necessária, O que significa a necessidade da socialização? E se não é nem um nem outro, porque brigamos tanto por decisões requeridas por dualidade?

Diante disso, não vejo outra solução a não ser perguntar: --Se a dualidade é a forma intrínseca de conhecimento, escolher uma via até onde podemos decidir; Decido. "FIM".