1- Se o homem quiser levar a vida sob a direção divina, orientam alguns religiosos ficar atento às recomendações bíblicas.
 
Respeito plenamente esse conselho, no entanto o intercâmbio com a Divindade é mais fácil ainda do que tal proposta.
Conforme Jesus ensinou, basta adentrarmos “o nosso quarto” e falar com o Pai em segredo.
Ele, que tudo sabe, oferecerá a inspiração necessária, fortalecerá nossas almas e conduzirá nossos passos sem que Sua presença interfira na nossa liberdade de escolher o que faremos.
 
Eu diria, meus queridos, que podemos estar em comunhão contínua com o Criador, desfrutando assim todos os benefícios os quais essa sintonia faculta.
É a oferta gratuita que Deus nos dá, ratificada pela gentil natureza.
Sempre o amanhecer, por exemplo, nos traz a mais bela mensagem que fala sobre a possibilidade de recomeçar e desenvolver a felicidade.
 
2- Sem querer expressar o que pode parecer um papo religioso, gostaria de citar um episódio muito significativo na vida de um amigo o qual mostra Deus o alertando para cair fora no começo da situação.
 
Me refiro ao término de um relacionamento que um grande amigo experimentou após conviver com sua ex-namorada durante dez meses.
 
Conversando comigo, ele percebeu que existiu uma forte teimosia o fazendo imaginar que todos os obstáculos poderiam ser superados.
Constantemente ela vacilava, parecia não estar completa, não querer verdadeiramente, mas, num anseio unilateral, seguindo uma vontade que não combinava com os fatos, ele acreditava que Deus resolveria o problema.
 
Hoje, livre dessa paixão exagerada que tanto estimulou o seu coração, ele explicou que, após o término, indagou algumas vezes a Deus a razão Dele ter permitido perder tempo com algo que não terminaria bem.
Nessa interação entre criatura e Criador, em determinado instante, ele percebeu que Deus ofertou o grande sinal exatamente no alvorecer da história.
Ficou claro que Deus o alertou.
Não indicou o perigo no meio da relação, quando a estrada já estava bem avançada, porém nos primeiros raios daquela que seria uma grande frustração amorosa no porvir.
 
Escutando meu amigo, fiquei maravilhado com o fato, pedi licença para escrever este texto sem qualquer objetivo sensacionalista ou expressando somente uma tola curiosidade.
Ele, compreendendo a minha intenção responsável e sincera, autorizou.
 
3- Tentarei simplificar.
 
Vale ressaltar que o meu amigo jamais pretende criticar ou censurar aquela que tanto ocupou suas aspirações românticas.
Ele a considera uma pessoa espetacular.
Ela apenas não correspondeu ao gostar que ele nutria e não conseguiu se desligar dos seus fortes vínculos com uma terceira pessoa, o ex-noivo.
Não imaginem uma traição ou algo desse tipo.
Nessa relação, sua antiga parceira sempre foi fiel e leal enquanto os dois estavam juntos.
 
4- No início de tudo, o meu amigo esclarece que eles eram colegas de faculdade.
Numa tarde muito agradável, estreitando os laços, almoçaram juntos, conversando com bastante entusiasmo e satisfação.
No fim daquele papo inesquecível, na condição de amigos, caminharam para o ponto onde cada um pegaria o seu respectivo ônibus.
Chegando ao ponto, de repente surgiu um rapaz abruptamente vindo até a direção dela.
Ela reagiu meio assustada, conversaram algo, depois ela apresentou o marmanjo ao meu amigo.
O cidadão e essa jovem pegaram o mesmo ônibus já que moravam, na ocasião, um perto do outro.
O meu amigo não sabia dizer como o cara apareceu, se estava seguindo os dois. Tudo lhe pareceu nesse dia muito esquisito.
 
Antes dos dois morarem juntos, ela revelou que o desconhecido era o seu ex-noivo o qual insistia em recusar aceitar o fim do noivado ocorrido, nesse período, há um ano.
Ela não encerrou o contato com o ex-noivo, contudo nenhuma esperança romântica lhe oferecia.
Mas o cara provou uma incrível persistência.
 
O meu amigo e a moça desenvolveram uma amizade colorida, começaram a namorar e, dois meses depois, decidiram alugar uma casa.
Durante a fase de namoro somada ao início do aluguel, o ex-noivo costumava ligar e tentar marcar encontros.
Tal atitude atrapalhou o casal. Ele cobrava um afastamento definitivo.
Depois de um mês morando juntos, ela foi obrigada a estabelecer um rompimento, não aceitando mais tais telefonemas.
A partir daí, o casal alcançou uma relativa paz.
Desenvolveram uma rotina nada diferente da rotina estabelecida por qualquer casal.
Depois de dez meses juntos, há sete sem nenhum contato com o ex-noivo, a moça confessou que pensava demais no ex, que não estava legal com aquela situação, enfim, que percebia claramente o seu sentimento em relação ao ex-insistente ex-noivo.
Os dois encerraram a breve história sem uma briga desnecessária.
 
5- O que me interessa, neste artigo, não é julgar a decisão final da moça.
 
Quero somente concordar com o meu amigo que, naquele episódio narrado, exatamente naquela ocorrência, Deus lhe mostrou que havia uma enorme pedra no caminho.
Ele sinalizou!
 
Durante a situação na qual um estranho rapaz surgiu vindo até a moça, seria oportuno indagar:
Quem é esse cara?
Como ele surgiu?
Por que a presença dele a perturba tanto?
O que significa isso?
Se fosse hoje, ele poderia perguntar:
Que balacobaco é esse?
 
Considerando que o rapaz quase sempre foi insistente, contando com uma maior ou menor atenção dela o tempo todo, incapaz de mandá-lo procurar a vovozinha, o que ele deveria ter feito antes de tudo começar?
Partir para outra.
 
Hoje ele diz que havia algumas outras colegas de faculdade com as quais poderia ter desenvolvido uma relação sem existir um ex ou qualquer grude muito chato.
Mas ele confessa que só tinha olhos para aquela mulher, a bela moça por quem estava completamente apaixonado!
 
Verificando o começo de tudo, o meu amigo considera evidente que ali, naquele exato episódio, Deus sinalizava que a estrada traria complicações, mostrando que seria imprudente continuar.
Ele não percebeu nada, nem sequer desconfiou, porém Deus estava presente.
Sensacional!
 
6- Eu aceitei trazer essa narração para exemplificar bem que podemos contar com a bússola divina sempre.
 
Sobre o fato citado, algum descrente talvez indague:
Por que Deus não foi mais ostensivo?
Por que permitir alguém gastar mais de dez meses da vida convivendo com uma mulher que perceberia depois gostar de outro?
Ele não poderia interferir e evitar aquela desilusão?

Primeiro vale responder que quem escolhe e convive são os homens. Imagino que Deus respeita as nossas decisões.
Devemos também admitir (o meu amigo confirma isso) que houve momentos agradáveis demais nessa relação.
Muitas vezes a relação fluiu como ocorre num conto de fadas com final feliz.
Além disso, quando estamos muito apaixonados, nada ouvimos, notamos ou aceitamos que não seja favorável à união.
Pintamos o romance conforme a cor da nossa ilusão.
 
Aquela aparição no ponto, avaliada somente com os olhos da razão, instigaria que a moça não estava interessada em evitar a insistência do rapaz.
Os dois continuariam sendo apenas bons amigos, ele partiria para outra, não haveria qualquer desencanto futuro.
Ele estava, contudo, conforme já falei, totalmente apaixonado.
Com certeza isso deve ter pesado nos detalhes do enredo desenvolvido.
 
Penso que Deus fez a parte Dele indicando perfeitamente a via a percorrer, no entanto as veredas as quais mostrou não foram aproveitadas.
O fato permite afirmar que os sinais divinos sempre acompanham a jornada daqueles que confiam Nele.
 
È necessário, então, confiar cada vez mais em Deus, procurando perceber as preciosas e providenciais indicações que Ele não cessa de nos oferecer!
 
Um abraço!












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Obrigado!
 

 
 

 
Ilmar
Enviado por Ilmar em 28/09/2012
Reeditado em 28/09/2012
Código do texto: T3905264
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