PSICOPATAS & PSICOPATIAS

Recentemente li o livro denominado “Sem consciência”, de Robert D. Hare, publicado pela Editora Artmed, obra relacionada com as áreas de medicina, saúde, psicologia e psicanálise.

A obra em foco trata justamente do chamado mundo perturbador dos psicopatas de que vivem entre nós em qualquer parte do globo terrestre em pleno século XXI, o que também não foi diferente nos séculos anteriores.

Em estudo relativamente detalhado o autor enfoca que as pessoas sentem tanto repulsa quanto curiosidade a respeito dos serial Killers, psicopatas que povoam a mídia nacional e internacional. Porém, é importante salientar de que nem todos os psicopatas são do tipo serial Killers, o que vale dizer que muitos dos quais estão habitando, convivendo entre nós, usando todo tipo de disfarce, sempre agindo como verdadeiros predadores sociais que conquistam, manipulam e abrem caminho na vida cruelmente, sem ter pena de nada ou de qualquer consideração com a sociedade, sempre de uma maneira ou de outra deixando uma longa marca ou rastro de crueldade e corações partidos, como por exemplo, o caso dos pais que acreditam que seus filhos estão estudando de verdade e que vão vencer na vida através de seus ideais e sonhos de estudantes, expectativas sempre frustradas e carteiras vazias, uma vez que o investimento educacional não leva os seus filhos a lugar nenhum, em termos de realização educacional e profissional, a escola ensina, porém, não garante emprego, inclusive sempre encontrando uma pedra no caminho, como já dizia Carlos Drummond de Andrade.

Diante de tamanha realidade nacional e internacional, o ser humano de que qualquer tipo de raça, cor, etnia, orientação sexual e religiosa, tomam o que querem, fazem o que têm vontade de fazer, sempre violando as normas e expectativas da sociedade sem qualquer tipo de remorso, culpa ou de arrependimento de qualquer natureza socialmente admitido. Os sem consciência ou sem sentimento se julgam o principio, meio e fim de toda atividade social da cidadania marginal por eles vivenciadas lado a lado com os cidadãos que acreditam no futuro e na esperança de dias melhores. A marginalização é grande em qualquer grupo social em nossos dias.

O problema de aprender conviver com psicopatas, saber focar no quadro, entender o perfil de sentimentos, relações, estilo de vida, saber como fazer os controles internos sobre a peça perdida, a pedra no caminho que leva a crime como escolha lógica, sem deixar de lado os psicopatas de colarinho branco, como por exemplo, o caso do mensalão nacional, caixa dois, folha tapioca, licitações com cartas marcadas, etc, envolvendo os personagens do alto escalão da República Nacional, sem deixar de lado o que acontece nos governos estaduais e municipais, onde para população falta tudo, todo o tempo e que ninguém sabe aquém reclamar para tomar qualquer tipo de providência, a cada ano que passa a coisa fica mais preta, é um comportamento de vaca desconhecer bezerro, como diz a gíria popular. As ordens, palavras para a prática de qualquer tipo de corrupção, saem do bolso do colete de quem tem poder naquele instante, tanto poder ser do político corrupto como do chefe do tráfico dentro dos presídios para que seus asseclas, bandidos de péssimas qualidades e sem consciências pratiquem os crimes que enchem todas as páginas dos jornais, (em papel ou da internet), do mundo todo, todos os dias do ano. Tais bandidos ainda pousam de cidadão para a mídia nacional e internacional. Tem o poder, por isso, resta a população as moscas na teia, cidades sem hospitais, sem remédios, sem calçamento, sem projetos estruturantes e escola falida sem qualquer tipo de metodologia ou de teoria da aprendizagem de qualquer pequeno ou grande teórico da atualidade.

O autor da referida obra, sintetiza categoricamente de que em “apresentando um retrato convincente destes homens e mulheres perigosos com base em 25 anos de investigação científica” sobre o referido tema, de modo que descreve os predadores que mentem e manipulam aqueles que cruzam seu caminho, concluindo, pergunta como “são os psicopatas loucos ou simplesmente maus? Como podem ser reconhecidos? E como podemos nos proteger deles? Em síntese, entende-se por Psicopatia a um transtorno caracterizado por atos anti-sociais contínuos (sem ser sinônimo de criminalidade) e principalmente por uma inabilidade de seguir normas sociais em muitos aspectos do desenvolvimento da adolescência e da vida adulta. Os portadores deste transtorno não apresentam quaisquer sinais de anormalidade mental (alucinações, delírios, ansiedade excessiva, etc.) o que torna o reconhecimento desta condição muito difícil. Enquanto que o Psicopata é um indivíduo sem consciência e clinicamente perverso, ou seja, é uma pessoa com distúrbios mentais graves, caracterizado por um desvio de caráter, ausência de sentimentos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, egocentrismo, falta de remorso e de culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 13/10/2012
Código do texto: T3930753
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