PROSPERIDADE -Artigo 6

Palavras de Vida – ( VI da série )

CONDIDERAÇÕES À DOUTRINA DA PROSPERIDADE

Pastor Serafim Isidoro.

No início da sua fé, Paulo foi recebido em Jerusalém pela Igreja porque entendiam que seria mais um discípulo a ler pela mesma cartilha, a seguir o mesmo caminho deles que era, afinal de contas, meio judaico, meio cristão. Com o passar do tempo, entretanto, após ter estado durante aproximadamente três anos na Arábia, ele retorna ao país indo finalmente se reunir numa poderosa igreja em Antioquia, igreja está composta de um ministério espiritualmente poderoso de profetas e mestres e se torna enviado por essa igreja, por ordem expressa do Espírito do Senhor. – Ano 45 dC.

Aí então seu apostolado toma vulto, incrementa-se em uma sementeira que resulta de muitas igrejas espalhadas pela Ásia Menor e parte da Europa, sendo estas igrejas na sua maioria compostas de gentios, de incircuncisos, de não judeus, já que estes o rejeitavam devido aos seus ensinos a respeito de Jesus de Nazaré e do não cumprimento das leis (cerimoniais, ritualísticas) de Moisés, embora ele nunca tivesse falado contra esse grande legislador.

A situação foi-se complicando. Parecia ter nascido em Paulo e com Paulo outra espécie de Cristianismo. Estaria Cristo dividido? - Quem seria de Pedro, de Paulo, de Apolo ou de Cristo? A liderança ficou incomodada com esta situação. Fazia-se necessário que Paulo viesse a Jerusalém para se explicar. Ficaria agora frente a frente a questão judaísmo / cristianismo.

Em 1990 quando estivemos na Palestina durante duas semanas, presenciamos e participamos de uma espécie de concilio que foi obrigatoriamente necessário. Uma reunião na Embaixada Cristã de Israel, entidade que havia patrocinado nossa ida àquele país. Discussões foram levantadas pelo grupo hispano-americano que não pôde suportar declarações por demais facciosas dos preletores que afirmavam que: "Israel tem proeminência no plano de Deus para a salvação, sendo que o cristianismo, de certa forma, lhe seja dependente.

No seu zelo em evangelizar Israel, essa embaixada cristã ultrapassava certos limites da teologia e da doutrina, que afirmam por diversos textos bíblicos e de vários modos, que: "Igreja é Igreja e que Israel é Israel. São dois povos distintos. De um lado Israel; de outro lado a Igreja.

Os ramos, os gentios, o cristianismo, acabaram se tornando mais importantes na salvação que o próprio tronco. - Israel é o tronco que se tornou enfermo. Deu frutos azedos. Jesus havia chorado sobre Jerusalém. O cristianismo, de povos de outra “natureza” estranhos a promessa e sem Deus no mundo, quando por Cristo e pelo arrependimento foram enxertados no tronco, propiciaram sabor ao paladar de Deus, anunciam o Seu Evangelho, proclamam a Israel que se arrependa, promovem a glória de Deus.

De sorte que não são os ramos que necessitam absorver a seiva do tronco, mas de certa forma, o tronco é que será curado nos ramos, que agora são bons. O prazer de Deus está na Igreja, no cristianismo, que se tornou – em o Cristo - uma nova geração de filhos de Deus. A ira de Deus diversas vezes se acendeu contra Israel; nunca se lê que essa ira tenha se acendido contra a Igreja. Deus ama a Sua Igreja.