A ILUSÃO

PALAVRAS DE VIDA

Pastor Serafim Isidoro.

A ILUSÃO

Algures foi o ópio; agora é o LSD e o crac, as drogas que colocam o ser humano em um patamar de devaneio e de suspensão das realidades. É fé comum dos cristãos que o Mestre voltará algum dia – já O estamos aguardando há mais de dois mil anos – assentar-se-á em um trono para julgar as nações e os que estiverem vivos. Dirá às ovelhas à Sua direita: “Vinde, benditos de meu Pai e possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo”.

Dirá, porém aos que estiverem à Sua esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos – katêraménoi - para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” – Mt. 25.41. – “Muitos naquele dia haverão de dizer-me: “Senhor, Senhor, porventura não temos profetizado, expelido muitos demônios e feito em Teu nome muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim vós que praticais a iniqüidade” ... – “Mandará o Filho do Homem os Seus anjos que ajuntarão do Seu reino todos os escândalos e os ue praticam a iniqüidade e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.” Mt. 13.41-42.

Textos chocantes para a liderança religiosa. Devem, estes, ser como os fariseus a quem o Senhor denominou: “raça de víboras” – “hipócritas”. Percebe-se que a religião pode abrigar uma falsidade que decepcionará os seus lideres os mais famosos. A operação de sinais, de milagres, não seria credencial de verdadeiro cristão. A legitimidade dos ministros do Verdadeiro não estaria no que fazem, senão de como fazem. A isenção de práticas do Mamon – deus do dinheiro – seria uma das características do sincero, do autentico e do verdadeiro cristianismo.

Não se misturam – aqui repetimos – Deus e Mamon; Deus e o dinheiro. O Novo Testamento, a Nova Aliança, não abriga o sentimento ou a prática de ostentação de grandezas, de poder secular ou de prosperidade material. O Ungido, o Messias, o Cristo é a figura da encarnação da humildade e do desprendimento desta prosperança. A liderança religiosa que se abriga detrás de tais interesses prestará contas, de maneira irreversível quando o Senhor vier no esplendor da Sua glória.

Aliás, a última Igreja que é tipificada no Apocalipse capítulo três como sendo rica – plousiós – não sabe que é, na realidade, pobre, cega e nu das realidades espirituais e divinas. Escreve o apóstolo Paulo: “O atleta não será coroado se não lutar segundo as normas”- II Tm. 2.5.

Foram criticados os fariseus porque depois de fazerem um novo convertido, o tornavam mais filho do inferno – géenna – do que eles próprios. Perante as sagradas escrituras, o fazer-se o que dá certo em lugar do que é certo acarretará no futuro uma tremenda condenação sobre aqueles que assim procedem. A regra de fé e prática contida na Nova Aliança não admite inovações, adulterações ou forçadas interpretações. Os interesses próprios sempre detrás do vil metal – aviões, carrões, sítios e fazendas – terão no futuro que pode não estar tão distante, o julgamento divino.

Saul, Balaão -este era esperto -e Judas, erraram o alvo. Militaram à sua própria maneira e não legitimamente - II Tm. 2.5: "ean de kai athlê tis, ou stephanoutai ean mê nomimôs athêsê".

Só Jesus.

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