Prevenção de perdas: um setor meramente importante para empresa

O setor que mais sofre com o descaso da liderança é a prevenção de perdas. A de se notar que dentro de qualquer loja muitas vezes a prevenção é tratada com hostilidade por que cumpre um serviço que a empresa determina e toma de primeira mão como importante que é a redução de quebra em geral. Que de fato é importante, e por ser importante esse setor que está envolvido diretamente na lucratividade da empresa mereceria, ou melhor, deveria receber não só um feedback condizente com a estrutura geral da função, mais devidas considerações e gratificações que manteriam o moral dos colaboradores em alta. Não é à toa que está havendo tanta evasão neste setor. Os outros não percebem o quanto é critica essa função e o quanto necessita de compreensão de quem está envolvido direta ou indiretamente nela.

Estão tornando o setor de prevenção de perdas em seguranças, simplesmente seguranças, cujo, o objetivo é somente prevenir furtos internos e externos nada mais. Existe uma pequena responsabilidade com relação aos outros fatores que ocasionam quebras mais nenhum supera a importância que é dada à prevenção contra furto. É bem verdade que com o aumento dos usuários de drogas e moradores de ruas além das brechas da lei para pequenos furtos aumentou a preocupação dos varejistas neste quesito. Mais o enfoque só neste processo gera esquecimento com relação aos outros processos que também é fundamental para empresa. Como afirma o GPP (Grupo de prevenção perdas).

"A Prevenção de Perdas atua em áreas de autonomia da empresa, com ênfase não só com a redução de furtos, mas também com a minimização de quebras e de trocas de produtos".

É preciso citar uma questão importante que é o contato diretamente com o furtante onde muitas das vezes o fiscal recebe ameaças, sofre humilhação e é agredido verbal e corporalmente sem qualquer intervenção policial ou mesmo da empresa. A falta de efetivo no setor e a cabeça da liderança focada somente na redução de custo torna precária a prevenção em muitas lojas e com mais frequência nas lojas de bairros e de cidades interioranas o que acaba ocorrendo à exposição do fiscal que sem apoio passa apuros na hora de prevenir furtos, e que muitas vezes fazem vista grossa porque precisam ir para casa assim que termina o expediente, pegar ônibus, muitos moram na redondeza, muitos recebem ameaças e ficam inibidos, etc. Não existe um apoio policial, não existe preocupação em contratar mais fiscais, trabalham com o mínimo e querem o máximo, não valorizam a função, desmotivam os que têm e com isso tudo ocasiona a evasão ou migração desse setor para outro com menos exposição.

Deveria haver mais eventos e reuniões voltados somente para esse setor com o objetivo de envolver não apenas quem já se encontra nele mais os demais profissionais da empresa que são fundamentais no processo de redução de quebra. Ainda segundo a GPP (grupo de prevenção de perdas).

"No Brasil não existe muita preocupação com relação às perdas na atividade varejista, tornando difícil a obtenção de dados nesse campo. Não há consenso quanto à forma de expressar as reduções indesejadas de estoque: se como uma porcentagem do faturamento, ou do próprio estoque. Isso já é um indicador da precariedade da prevenção de perdas em nosso país".

A minha intenção aqui é mostrar a deficiência de um setor que é tido como importante para empresa e não recebe a devida atenção que merece. O meu apelo aqui é pela segurança dos fiscais que se expõem na frente de loja sem nenhum tipo de proteção e cumprem suas obrigações. Falo das lojas esquecidas de bairro e de cidades interioranas, os supervisores chegam muito remotamente a frequentar mais eles se preocupam com a loja em si e não com os funcionários, se existe fiscais suficientes, se existe um padrão de abordagem seguro, se houve ocorrências graves e se o fiscal foi removido daquela área por algum tempo, se o fiscal recebeu ameaças graves e varias outras situações que precisam ser revistas. Trabalho há quase três anos nesse setor e tenho presenciado diversas situações indesejáveis que fomentaram minha vontade de expressar tudo isso.

“Valorizar o ser humano no ambiente de trabalho” talvez o código de ética da empresa traga isso em suas entrelinhas, mas na pratica a lucratividade vem em primeiro plano, à valorização da “mais valia” ainda é e sempre será preponderante, mais sem o ser humano, sem o proletário (colaborador) nada disso seria possível.

Fonte:

http://www.provar.org/pesquisa_sapvb-VIX.asp