Administrando Conflitos

Os conflitos existem desde o mundo antigo, medieval, moderno e persiste no mundo contemporâneo. Estamos imersos em conflitos. Como administrar gerações que crescem sob pressão? Este fator é de vital importância para quem tem como projeto administrar uma organização seja ela de qual segmento for. Os conflitos provem de pessoas, não de organização, por isso, não me importo com o segmento onde o leitor possa estar. Podemos observar conflitos no mundo todo: nas guerras, nas crises financeiras, nas catástrofes, enfim em todos os momentos houve, há e haverá conflitos, entretanto, sempre haverá alguém os administrando. O Brasil é naturalmente descendente de várias etnias e mesmo sendo um país continental, com um único idioma, cada região tem culturas e costumes diferenciados. Isto não inibe a migração das pessoas de uma região para outra, e isto acontece a todo instante. Imaginemos uma empresa culturalmente sulista implantando uma filial no nordeste do país, ou vice-versa, entretanto, os gerentes seguem da matriz para a implantação da filial, mas os seus funcionários serão contratados na região destino. Inicialmente, muitos não verão problemas. A empresa terá a matéria-prima à disposição e bem perto da empresa, mão-de-obra disponível, custo definitivamente mais baixo. A empresa começa a funcionar e os problemas começam a surgir. A produção não atinge o esperado, a qualidade não satisfaz, as intrigas no ambiente de trabalho entra numa crescente. Apresento-lhes um problema que atinge uma fatia grande das organizações existentes. Talvez, estejas vivendo algo parecido agora! Então, tens um conflito por administrar! Geralmente, não se vê saída. Muitos trocam seus funcionários por várias vezes, às vezes as empresas trocam os gerentes, porém, algum tempo depois percebem que trocaram somente as peças, mas não os moldes e os problemas continuam. O que fazer? Como Fazer? Outro dia conversando com minha filha, que cursa o técnico em eventos e turismo, a respeito de como ela organizaria uma festa para um segmento que ela conhece superficialmente, perguntei por onde ela começaria. Espontaneamente ela respondeu que, como não conhecia a fundo, começaria com uma pesquisa sobre aquele segmento, que em questão era o “hip hop”. Ela ouvira algumas musicas, mas nunca tivera numa balada daquele público. Não sabia o que pensavam, a que hora começavam a dançar, quais eram as manias e tudo que estava ligado a eles, só pesquisando seria capaz de bolar alguma coisa que chamasse atenção sem sair do ambiente e costume deles. Estava certíssima! Em primeiro lugar, não esqueçamos que os conflitos giram em torno de pessoas. Conseqüentemente, devemos estudar os costumes e cultura daqueles que estarão trabalhando conosco. Pessoas têm ritmos e desejosos diferentes. Não se pode implementar o mesmo ritmo de um ambiente estranho em outro. Devemos ser claros e nossos receptores devem receber a mensagem sem dúvidas, só assim poderemos pedir para que comprem nossas idéias. A cultura da empresa pode ser apresentada de maneira racional e dosada. Conhecer o grupo particularmente não é tarefa fácil, porém, não se pode queimar esta etapa. A socialização é o processo de adaptação à cultura da empresa e a empresa à cultura do funcionário. Só obteremos êxito se obtivermos informações suficientes em todos os sentidos para balancear as obrigações e deveres dentro do grupo. Os moldes da empresa devem ser feitos em etapa, pois se trata de vivência e prática cognitivas. Os conflitos surgirão, porém, se as pessoas estiverem conscientes da sua missão e, sobretudo na função certa, os mesmos serão resolvidos com muito mais facilidade e rapidez.

Caper
Enviado por Caper em 10/03/2007
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