Portugal

No mundo inteiro não há nenhum país que esteja livre de uma crise económica, seja ela causada por um mal governo ou mesmo por falta de algum recurso, seja ele de característica natural ou financeira. Nos casos como este cada cidadão e confrontado de uma maneira diferente, alguns não a sentem, outros tem como opção o racionamento, economizando nos gastos diários ou cortando em alguns caprichos, mas a parte que mais deveria preocupar o governo de um país, se encontra na sombra dele. São idosos que sobrevivem com uma pensão de miséria, que por vezes os obriga a escolher entre a cruz e a espada, ou melhor dizendo, entre a comida e o tratamento de saúde, enfim, pessoas que muito pouco ou nada podem fazer a não ser esperar que bons olhos lhe caem sobre sua frágeis e abandonadas vidas, percebendo, que já há muito tempo a solidão, que antes era um castigo, se tornou apenas uma brincadeira diante de uma necessidade que é essencial para a sobrevivência.

Na minha simples opinião, o passado mesmo que triste, tem muito a nos ensinar, e este mesmo passado que se mantém vivo diante de nós, estampado no rosto de uma geração marcada pela ditadura, homens e mulheres que sobreviveram aos piores momentos da historia portuguesa, criando e cuidando dos filhos tentando-lhes proporcionar um futuro digno e melhor, livres da censura e onde pudessem discutir suas opiniões em praça publica tendo todo cidadão o direito de exercer sua liberdade de expressão. Pessoas que tem a fé acima da incerteza, a coragem acima do medo, a força de vontade acima da impossibilidade física e social e a esperança acima de tudo. Quando eu era criança ouvia na boca das pessoas uma frase muito conhecida, “ o povo unido jamais será vencido”. Mas onde esta esse povo? Onde esta a união? Que pode gerar essa tal força transformando um aglomerado de pessoas numa verdadeira nação. Quando e que nos vamos deixar de nos preocupar em construir um país maravilhoso apenas para encher os olhos do mundo, cegando os pequeninos que juntos formam a base que sustenta toda essas nação, volto a ser franco e a repetir as palavras de alguém que realmente preocupa com aquilo que os acontecimentos tem causado ao povo português.