"Elogio,Magia do Acreditar"...

Elogio, Magia do Acreditar...

Por detrás do elogio a magia do acreditar. Você fala eu escuto! Você escreve, eu acredito!As palavras, gentil senhorita, beleza feminina, grandeza pela dignidade do “acento”... amplidão de sentidos. Acentos ora recolhido, esforço de interioridade, tonalidades e multiplicidades. Testemunha de todas essas invenções voluptuosas, ousadas ou sutis. Abalo para imaginação dos pintores, poetas, escritores e os amantes das letras e das cores.

Palavras, virgens sentadas ás vezes desajeitadas, outras vezes rigorosamente equilibradas sob a luz obliqua que vem de dentro, intuição... Verdade! A maturidade é atingida com a tempestade.

Sobre narrativas que parecem enigmáticas, o escritor desdobra a “paisagem” levando-a a desordem natural dos silvados. A descoloração das coisas está no ton das palavras. É ai que alguma coisa muda... E toma-se como objeto o que há de mais transitório. Ao invés de projetar as palavras em “planos” mais definidos, mergulha-se na fugacidade do instante. Uma carreira breve e fulgurante do elogio... Assim morrem desejos e amores envoltos em mistérios, ao invés de tornarem flexíveis os claro-escuros destas derradeiras modulações...

Todos os elementos das delicias melancólicas, a beleza feminina, a musica, a luz do crepúsculo, a pastoral se mesclam numa harmonia intima e pungente, na ardente “voz” escrita dos poetas. Disciplina, inspiração, plenitude em estrofes que dizem mais do que aparentam... Confirmam a autoridade do “artista”, marcam sua escrita ou sepulta em sua vaidade a banalidade no tratamento das palavras. A bela orgulhosa em seus brocados! E como um manto escuro de veludo, as palavras se vestem com roupagem de insolência brilhante, banhadas de ouro fluido... Sombrio! Cintilações que se reservam para o tumulo, cena grandiosa e patética...

Só o temperamento anárquico, popular, bizarramente sonhador, desprovido das falsas vaidades permite o exílio... Não ceder ás forças do “mestre”... Os elogios.

Expressar com liberdade copiosa e desarticulada, mostrar fidelidade, franqueza em detalhar a escrita, sem se consentir no “drapejado” dos tons frios do modismo. Evoluir para uma intimidade nostálgica, uma sinceridade subjetiva e real ante a obra, que se lhe apresenta. Sinônimo do esforço, do momento onde o pequeno anjo da luz, imbrica suas asas a iluminar a consciência do escritor, que se vê iluminada por fachos de luz... Algumas trivialidades, com sinceridades, sempre são bem acolhidas... Também entendidas como traços da mentalidade popular-inegavelmente saudável.

Elogios, ”murano na laguna de Veneza”... [Técnica alexandrina do vidro folheado que permite fazer ressaltar, sobressair em transparência os “motivos” gravados, inscritos, nas peças]. Assim devem ser os elogios, cristalinos, sinceros e deixar passar o que se sente. Fazer bilhar as cores de dentro, trazer á luz os reais sentires, ser original... E, em face da ternura e suavidade dos dizeres, o elogio, é enobrecido e reverbera a deliciosa ilusão de frutos colhidos em guirlanda, de tons variados. Este mundo luminoso e inexaurível, este dom miraculoso do movimento da escrita ganhará mais prodigalidade e magnificência...Cofiaremos nos elogios...

venusiapimentel/013

VenusiaPimentel
Enviado por VenusiaPimentel em 24/08/2013
Código do texto: T4450089
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.