Nosso velho Chico

Apresso-me em dizer que o adjetivo velho tem aqui uma conotação carinhosa, de gratidão mesmo! Não refiro-me ao rio São Francisco, nem também ao inteligente Chico Buarque ou ao lendário Chico Anísio.

Falo de outro Chico, o mesmo que tem sido alvo de calúnias e dardos imerecidos que partem de todo lado. Principalmente quando lhe atribuem, em publicações que percorrem os jornais de nosso Brasil – quase toda semana –, autoria de uma tal de "receita para emagrecer" de Chico Xavier.

Somente a ingenuidade e o desejo de tornar a tal receita digna de merecimento, pois o nome de Chico Xavier é merecedor de muito respeito, apesar da maldade de muitos, pode produzir tamanho absurdo. A única receita para emagrecer é mesmo "fechar a boca", disciplinar os talheres ou as mãos descuidadas que não controlam o vício da "comilança".

A tal receita não tem qualquer cabimento ou respaldo lógico da ciência. Trata-se de invenção popular indecente – pois que apropriando-se de um nome respeitável e bom – para iludir pessoas desprevenidas.

Chico e os espíritos que por ele se comunicam tem mais o que fazer que ficar criando receitas para emagrecer. E vale ressaltar que o objetivo dos espíritos é esclarecer e orientar o ser humano sobre sua verdadeira natureza, origem e destinação e não se ocuparem com assuntos tão medíocres.

Chico Xavier é autêntico homem de bem. Já completou 92 anos de uma vida totalmente dedicada ao bem das criaturas. Com mais de 400 livros psicografados, com direitos autorais doados a entidades de assistência aos necessitados e uma vida simples, tem pautado seu comportamento na senda da fidelidade a Jesus e no amor ao próximo.

É absurda, pois, creditarem à autoria de Chico Xavier a absurda receita.

Previnam-se os desprevenidos. A tal receita é ilusória e indigna.

E já que o nome de Chico Xavier está tão intimamente ligado à Doutrina Espírita, vale dizer que esta visa tão somente melhorar moralmente a pessoa, orientando-o sobre sua natureza, origem e destinação, bem como a finalidade de viver – como escrevemos acima –, com objetivos sérios e de fraternidade. E isto tudo sempre dentro da lógica e do bom senso.

Emagrecer, engordar ou qualquer outra decisão quanto ao próprio comportamento, porém, é de alçada da liberdade de cada um.

Orson
Enviado por Orson em 13/04/2007
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