Os Sentimentos

Os Sentimentos

Deus ao criar o homem, dotou-o de todas as qualidades e necessidades essenciais que o caracterizou como a Obra Prima do Criador. Essas qualidades seriam primordiais para que o mesmo pudesse sentir a vida, em toda a sua extensão, isto é, plenamente!
Como maior dádiva, deu-lhe a razão e a inteligência que o tornou entre todos os seres racional, único ser consciente e capaz de discernir entre o bem e o mal; que pode recriar a sua própria vida, no aprimoramento de sua maneira de viver.
Ao homem, apenas a este, foi-lhe dado o poder de sentir todas as coisas: de pensar, falar, sorrir, alegrar-se, chorar, entristecer-se, sentir a dor e cuidar dela, etc...; de manifestar as emoções e os sentimentos das maneiras mais diversas.
Ao homem, deu-lhe também o Criador, a maior de todas as dádivas: o espírito e a alma, a vontade própria, o livre arbítrio, que proporciona à sua escolha; uma vida terrena e a espiritual: a vida eterna.
Entre as dádivas do homem, nos sentimentos está a capacidade de Amar e de se sentir amado; de compreender e de ser compreendido; de compreender a dança lenta e maravilhosa do amor na sua vida.
É na maneira de sentir as coisas, de valorizar seus próprios sentimentos que o homem demonstra sua grandeza e nobreza de caráter, onde este pode conquistar um alto grau como essência humana. Uma pessoa que não sabe sentir, ou não sabe perceber seus próprios sentimentos, não conseguiu ainda experimentar a verdadeira essência do sabor da vida: o Viver.
Os Sentimentos são, no meu modo de percebê-los, como um grande despertador, colocado bem no centro do nosso corpo, que não marca hora nenhuma, mas, marca com precisão os momentos, e que, dispara toda vez que uma forte emoção nos sacode para a vida. Esse “despertador”, não desperta com a mesma sonoridade em todas as pessoas, porque, nem todas elas já desenvolveram suas capacidades de sentir os valores que completam a vida, e a torna plena, com possibilidades infindas, infinitamente ilimitável cada dia mais e mais.
Sentir as coisas boas da vida e as más também é nutrir grandes sentimentos. E é uma graça ainda não alcançada por todas as pessoas. Só pode ser alcançada e desenvolvida, quando associada pela vontade de amar ao próximo como a si mesmo e a Deus sobre todas as coisas; compreender, perdoar, confiar e aceitar as imperfeições próprias do ser humano.
Nutrir um grande sentimento, mesmo que este esteja acompanhado por um sofrimento qualquer, não é uma desventura, e sim, uma demonstração de uma grande capacidade de assimilar e aceitar as imperfeições próprias de cada um. Ter sensibilidade e solidariedade aos sentimentos alheios é um grande ideal de perfeição do ser humano.
IvaEvlyn Day
(Pseudônimo de Iraí Verdan)
Piabetá, 25 de fevereiro de 1985.