LEMBRANÇAS DO VELHO CINE SPARK

(*) Edimar Luz

Escritor/cronista, poeta, articulista, memorialista, compositor, professor e sociólogo.

Em primeiro lugar, é importante recordar aqui os bons filmes exibidos no Cine Spark durante os últimos anos da década de 70, tais como “Tropeiro Velho”, com Teixeirinha e sua esposa Mary Teresinha, retratando o velho pai do cantor; “Spartacus”, que retrata historicamente a revolta de escravos romanos liderados por Spartacus em 70 ou 73 a.C.;” Fugindo do Inferno”, um filme baseado em fatos reais, que mostra o drama de soldados aliados para fugir de um campo alemão de prisioneiros durante a Segunda Guerra Mundial; filmes de Hércules, de Tarzan, de Faroeste, Bang-Bang, de Sansão e Dalila, além de muitos filmes românticos, eróticos, dentre outros. São filmes que assistimos e que marcaram época também aqui em nossa cidade.

Há de se destacar também que a cada ano, por ocasião da Semana Santa, era exibido com sucesso um filme sobre a Paixão de Cristo. Assim, grandes filmes ocupavam a tela cinematográfica do nosso velho e imponente Cine Spark. Eram momentos de emoção e distração. Ali também eram realizados shows musicais, tendo recebido vários artistas brasileiros ao longo da referida década (década de 70). Lá pude assistir no final daquela década e começo da de 80 aos shows de alguns cantores, como, por exemplo, Diana, Fernando Mendes, José Augusto, Odair José e outros. Fiquei sabendo depois, que alguns anos mais tarde, ali também se apresentaram outros cantores de grande sucesso na época: Luiz Carlos Magno, Nílton César, Marcus Pitter, Núbia Lafayette, José Roberto, Waldick Soriano, Barradinha/Lena Rios, dentre outros...

A presença marcante e imponente do Cinema, um dos símbolos do romantismo local atrelado à Praça, destacava-se na paisagem outrora romântica da parte quase extremo sul do paredão oeste que contornava a Praça Félix Pacheco, no centro da cidade de Picos. E vale lembrar também que, indo ao centro da cidade, quando adolescentes, costumávamos, às vezes, ir observar e saber dos cartazes em exibição no “letreiro mostruário” inserido na fachada do velho cinema, naqueles saudosos e longínquos dias do passado, principalmente nos finais de semana.

Ali também eram realizados shows de calouros, numa determinada época. Aquele antigo cinema de Picos foi palco cultural da cidade durante longos anos.

Obs. Este pequeno texto/artigo (aqui resumido), por mim produzido no dia 17 de novembro do ano de 1990, faz parte do meu livro MEMÓRIAS DO TEMPO. Diretos reservados.

(*) Edimar Luz, é escritor/cronista, poeta, articulista, memorialista, compositor, professor e sociólogo, formado em Recife – PE. É autor dos seguintes livros: MEMÓRIAS DO TEMPO; GUARIBAS: LEMBRANÇAS E HISTÓRIAS DE UM RIO; POESIAS E CANÇÕES; SONETOS; PEQUENAS HISTÓRIAS DO MEU SERTÃO DE ANTIGAMENTE; PENSAMENTOS MEUS... E de centenas de artigos publicados, desde o começo da década de 1990, em muitos jornais, revistas, sites e portais...

(Embora com quase nenhuma divulgação ao longo do tempo, comecei a compor músicas (letra e melodia), quando eu ainda era adolescente, lá pelos idos de 1977, 78, 79... E assim por diante. Hoje, são mais de trezentas composições de minha autoria. O antigo sonho se foi... Mas, ficaram as composições! Quase todas elas desconhecidas do público).

Edimar Luz

Edimar Luz
Enviado por Edimar Luz em 19/04/2014
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