Assunto já generalizado

O tema está tão generalizado que me sinto muito a vontade para discorrer sobre ele. Estão sendo vencidos o medo, o preconceito e a resistência. Filmes, peças teatrais, reportagens nas grandes revistas de circulação nacional abordam-no com a maior naturalidade. E atraem a atenção popular.

O melhor mesmo é que a mentalidade humana já aceita o assunto sem o medo e o misticismo que a temática provocava há algumas décadas. Sinal de progresso.

E agora, gradativamente, as novelas o tem apresentado de forma espontânea, com belos efeitos especiais que não chocam e nem vulgarizam sua abordagem, apesar de algumas fantasias e inúmeros equívocos.

Claro! Óbvio! É assunto que diz respeito à condição humana. Não há porque tratá-lo com preconceito, misticismo ou deboche. Percebeu a mídia o quanto o tema está enraizado na crença natural e na mentalidade humana.

O assunto é muito empolgante porque estimula as ações humanas no sentido da coragem, da iniciativa, da fé. Faz entender os benefícios da perseverança.

Da maneira como foi apresentada anteriormente, em condições de rompimento das relações do presente, sem solidariedade nas experiências, como uma sensação vaga, só poderia mesmo causar incredulidade.

Isso gerou indiferença, medo, exaltação mística em outros, e isolou o ser humano, prejudicando-nos intensamente.

Mas agora, com o amadurecimento da mentalidade humana e mesmo com o progresso das idéias, o assunto retorna para mais fácil aceitação e debate da coletividade.

É que ele é tema tão atual, tão simples de ser entendido, tão lógico e racional, que somente a resistência do preconceito pode impedir, ainda que temporariamente, a análise racional que proporciona.

Não se assuste o leitor. Falamos da imortalidade! Pondere comigo:

Para que a doutrina da vida futura doravante dê os frutos que se devem esperar, é preciso, antes de tudo, que satisfaça completamente à razão; que corresponda à idéia que se faz da sabedoria, da justiça e da bondade de Deus; que não possa ser desmentida de modo algum pela Ciência. É preciso que a vida futura não deixe no espírito nem dúvida, nem incerteza; que seja tão positiva quanto a vida presente, que é a sua continuação, do mesmo modo que o amanhã é a continuação do dia anterior. É necessário seja vista, compreendida e, por assim dizer, tocada com o dedo. Faz-se mister, enfim, que seja evidente a solidariedade entre o passado, o presente e o futuro.

Os desdobramentos e conseqüências advindas da aceitação, mediante raciocínio, da imortalidade da alma, deixo à análise e meditação do leitor. A questão não é religiosa, mas científica, embora a contribuição da religião seja vital em tal entendimento.

Mas como existe uma tendência humana de tudo somente aceitar pela ciência, que seja, pois. O fato real, porém, é que a ciência sem a religião é manca e a religião sem a ciência, é cega. Portanto, é exatamente na análise tripla (acresça-se também a filosofia) que se conseguirá alcançar o raciocínio ideal.

Por isso, amigo ou amiga, não chore mais, nem tema, nem lamente. Continue seus esforços no bem, no trabalho, na crença a que se dedica. A vida continua e continuará para todos. Não há morte. A boa lógica já o indica.

Suas iniciativas, em qualquer área, seus laços de afeto, suas virtudes, jamais se perderão. Os bens materiais, esses sim, mudam de mãos, mas os méritos de teu esforço trarão de volta, no futuro, as alegrias das boas sementes hoje plantadas.

É verdade que os equívocos e imperfeições morais trarão conseqüências a serem corrigidas, mas isso deve ser estímulo para aprimorarmos nossos padrões morais.

A imortalidade da alma, caro leitor, é a chave da renovação social, é o que falta ser compreendido devidamente para alterar o difícil panorama que vive a humanidade.

É justamente por não ser compreendida devidamente que vivemos todo esse aparente caos social. Digo aparente porque ele apenas reflete o estado de dormência que muitos de nós ainda nos encontramos, indiferentes à pujança da vida, à riqueza que é viver e aprender, aprimorar-se, progredir e construir os méritos da própria felicidade através do procedimento ético-moral que traz a justiça, o amor, a bondade... em seu mais amplo sentido.

Pensemos com mais profundidade em tão magno e importante assunto.

Orson
Enviado por Orson em 09/05/2007
Código do texto: T480697