A COPA DOS 171 – A VERGONHA DIFÍCIL DE ESQUECER!

‘A Copa do Mundo 2014 no Brasil foi um sucesso’. Esta, a constatação para os estádios cheios, hotéis e restaurantes faturando mais e uma boa propaganda para que os turistas estrangeiros, em sua esmagadora maioria, falem bem do Brasil em seu retorno (a eficaz propaganda boca-a-boca) aos países de origem. Tudo funcionou melhor do que se esperava, graças ao povo brasileiro, maior responsável por todo esse sucesso.

1 - Do ponto de vista da organização, os aeroportos tiveram bom desempenho, uma vez que o governo colocou em ação um plano estratégico da Aeronáutica. Centenas de especialistas trabalharam para viabilizar as decolagens e aterrissagens, evitando os transtornos de atrasos e cancelamentos de vôos nos aeroportos das cidades-sede da Copa. Deu certo.

2 – A mobilidade nas cidades deixou a desejar, mas a euforia transformou um problema grave em distração e entretenimento. Andar, seis, dez kms. Passou a ser uma rotina, digamos bem humorada para os turistas e um meio mais fácil de aproximação com os brasileiros. Mais uma vez as coisas funcionaram mais ou menos.

3 – Como acontece nos jogos aqui realizados diuturnamente em nossos campeonatos regionais e nacionais, tudo começou no horário. Normal.

4 – Incentivadas pela necessidade de abrigar bem os visitantes as prefeituras colocaram banheiros químicos e até chuveiros em praças estratégicas para que os turistas sul-americanos pudessem estacionar seus veículos e montar suas barracas, fazer sua comida, etc. Os chamados ‘farofeiros’, argentinos, chilenos, etc ficaram à vontade.

5 – Um contingente nunca visto de mais de 50 mil homens e mulheres fizeram a segurança funcionar. Até a segurança esteve mais ou menos dentro dos parâmetros exigidos. Como a segurança nos estádios era de responsabilidade da FIFA, houve alguns quebra-quebra, patrocinados por torcedores argentinos e chilenos, No Itaquerão e no Maracanã que exigiu pronta ação policial e tudo terminou bem.

6 – As ‘FANFEST” promovidas pela FIFA para ‘ocupar’ os torcedores que não tinham ingresso, também funcionaram bem e com a necessária segurança.

7 – As manifestações eram abafadas pela ação policial imediata. Houve ainda a prisão de 19 lideranças dessas manifestações antes do evento, abortando-as.

8 – As entrevistas ‘coletivas’ da comissão técnica e de jogadores da seleção brasileira são peças importantes para um filme que se pretende fazer com o título: ‘de como os néscios podem sobrepujar os meios de comunicação’, em enganação, mentiras e mútua rasgação de seda, além de arroubos de prepotência, intolerância com os questionamentos.

9 – Não houve treinamentos de campo como se esperava e as outras seleções fizeram. ‘Prá que treinar, se o Brasil será campeão?’... Parreira disse que ‘estamos com a mão na taça’ e Felipão, cobrado, dias depois alegou: ‘as afirmativas de Parreira foram espetaculares’. O chororô em campo, antes e durante as partidas levaram a psicóloga Regina Brandão a dizer no programa RODA VIVA que ‘talvez os resultados ponham fim à carreira de Felipão e Parreira’. Por sinal toda a comissão foi demitida pela inoperante e grande culpada disso tudo: a CBF.

10 – Por fim, sem Neymar (contundido) e Tiago Silva (suspenso), levamos um ‘arrastão’ da Alemanha por 7 X 1, quando os jogadores batiam cabeça na área, sem saberem o que fazer e a quem marcar. Aos 28 minutos do primeiro tempo o placar estampava: 5 X 0. No segundo tempo, a seleção alemã, mudou jogadores, fez mais dois gols e parou um pouco para não humilhar ainda mais os brasileiros, em prantos nos estádios e frente aos seus aparelhos de TV, tendo Oscar feito o gol de ‘honra’ ao final da partida. Na partida seguinte foi a vez da seleção holandesa aplicar um ‘chocolate’ de 3 X 0 e deixar-nos no 4º lugar. Fim de Copa. Melancólico final, com os estrangeiros sentindo dó do povo brasileiro, envergonhado, humilhado...

CONCLUSÕES

De tudo que assistimos, que lemos, que acompanhamos por várias emissoras de TV e pelos blogs e jornais impressos, a seleção brasileira foi muito mal treinada. Felipão e Parreira são técnicos de ‘jogo-de-botão’. Nada sabem de futebol e se sabiam algo, desaprenderam por pura vaidade, presunção, prepotência, preguiça de ler, estudar e de se reciclarem. Em determinada ‘coletiva Felipão disse: ‘quem gostou, gostou. Quem não gostou vá para o inferno’ e saiu bufando. Realmente os brasileiros todos se encontram ‘no inferno da humilhação, da vergonha, da desonra, da apatia e da descrença’. Para esta geração, não há caminho que nos leve a algo melhor que isto que está posto, a não ser que haja uma legislação de verdade sobre o futebol e a atuação da CBF, das Federações estaduais, das Ligas e dos clubes, com o ministério do Esporte investindo nas categorias de base, na criação de uma fórmula de banimento de cartolas ladrões da vida esportiva, para que possamos evitar os Ricardo Teixeira e João Havelange da vida.

Quem sabe, se tudo isso for feito, o que não acreditamos, em dez quinze anos possamos voltar a ser campeões de fato e de direito.

Com a seleção e a comissão técnica que tivemos, fomos longe demais. A queda deveria ter acontecido ainda na primeira fase, no máximo nas oitavas.

Ao final, Blatter nos dá uma nota 9,25 e vai embora, levando 10 bilhões de dólares de lucro!

Salve, Brasil. Somos maiores que a mediocridade que nos governa, em todos os níveis!

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 15/07/2014
Código do texto: T4882665
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