Economia Solidária

A Economia Solidária vem sendo implantada no Brasil pelo governo e por ONGs. Temos como exemplo a Venezuela, que criou a “Misión Mercal”, que conta com a participação da população na produção agrícola e revenda dos produtos no país a preços baixíssimos.

Esse processo tem como objetivo fortalecer o trabalho em comunidade, as cooperativas, e o desenvolvimento local e sustentável. Os participantes são trabalhadores e trabalhadoras que têm participação democrática nas decisões. Com isso, enfrenta-se a exclusão social e a precarização do trabalho.

O governo brasileiro criou a Secretaria Nacional de Economia Solidária, porque percebeu a importância desse segmento para a economia do país e também como mais uma ferramenta para a luta contra a desigualdade social. Por todo o país vem crescendo a realização de feiras estaduais, regionais e locais e um maior entrosamento vem acontecendo entre associações produtivas, cooperativas e de crédito, clubes de troca e entidades de microcrédito. O Sistema Nacional de Informações em Economia Solidária já conta com 20 mil empreendimentos cadastrados. Ou seja, a idéia está se espalhando.

Um exemplo de Economia Solidária é o Projeto Cultivando as Flores da Adolescência, em Ivoti (RS), realizado pelo Instituto de Educação Ivoti – IEI. Neste projeto, os adolescentes têm a chance de estudar e fazer cursos diversos, como teatro, informática e arte. Para isso, eles próprios trabalham na produção agrícola e seus produtos são vendidos a preços baixos para a população. Além de terem a consciência do trabalho, ainda têm educação.

No Fórum Social Mundial 2005, a Economia Solidária participou na montagem das praças de alimentação, confecção e instalação dos pisos das tendas e construção das cabines para tradução. Isso movimentou cerca de

R$ 2 milhões e envolveu mais de 1200 trabalhadores e trabalhadoras. Também foi montada uma praça de alimentação onde eram vendidos alimentos feitos através de projetos de Economia Solidária – ao todo 20 quiosques.

Na cúpula do Milênio, realizada em dezembro de 2000, governantes do mundo inteiro elegeram um conjunto de objetivos e metas para o mundo. A meta número 1 é “Erradicar a extrema pobreza e a fome”. A Economia Solidária contribui com o Brasil, para que atinja esta meta.

Este segmento é mais um exemplo do povo lutando contra a exclusão social. Milhões de pessoas mobilizadas em cooperativas e microempresas onde a democracia prevalece e todos são respeitados como indivíduos.

Nathalia Fernandes
Enviado por Nathalia Fernandes em 13/09/2005
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