5639- PREFÁCIO PARA PORTUGAL e CABO VERDE OLHARES DE SAUDADE-Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

5639- PREFÁCIO PARA PORTUGAL e CABO VERDE

OLHARES DE SAUDADE

Coautores: Arlete Piedade e João Furtado

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Texto/Prefácio nº 5639

Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

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É uma honra e privilégio receber a missão quase sagrada de prefaciar um romance que tem fortes elementos para ser consagrado como clássico da literatura e, especialmente porque contém os condimentos da alma, cultura, tradição e Língua Portuguesa.

Trata-se da obra dos imortais, Arlete Piedade - de Portugal e João Furtado - de Cabo Verde, preparada a partir do sucesso do primeiro volume publicado. Em todas as páginas, e com palavras escolhidas apresentam instantes vivenciais, carregados de doces SAUDADES da terra natal, de lugares, paisagens, cenários, contextos que registram momentos reais familiares e imaginários cristalizados na mente.

As narrativas chegam ecoando vertentes próprias para perenizar o segundo volume de OLHARES DE SAUDADES, pois abrem belas cortinas do universo dos sentimentos que adentram com segura maestria pelos labirintos da trilogia das febris emoções do amor que caminha ao lado contraditório da dor.

Vale o registro de alerta que o reino da palavra enfatiza na tarefa de denunciar erros, falhas e omissões da identidade social, da justiça, da saúde pública, do uso de álcool, do abuso contra mulheres e do acerto de contas com o traficante de drogas, no crime organizado dos países. Fácil é identificar os múltiplos e perigosos sinais vermelhos das negligências humanas, corrupção e vícios. Difícil é combatê-los.

O sutil estímulo, em busca de fatos do cotidiano, persiste nos sublimes ideais dos pensamentos que exigem crença e ação humana, ao encontro de momentos de tranquilidade e felicidade.

Nos OLHARES DA SAUDADE Volume 2, identificamos o suplício de alguns personagens e, ao mesmo tempo, a cumplicidade acrescenta a representação emocional dos amantes que se perdoam nas camas do prazer para preservação do reencontro, em noites incandescentes de amor. É complexo o universo dos sentimentos sonhados no espaço e tempo configurado nos reflexos lunares, distantes de tudo que se pode concretizar.

O sonho colocado na mala de cada viajante faz parte da bagagem que será desembarcada no aeroporto, no terminal rodoviário ou na retirada do porta-malas, do próprio carro. O vazio existencial exige lucidez para adaptação à nova vida, sem culpas, nem arrependimentos. Sabe-se que nas escolhas pesam as causas-consequências e circunstâncias com inesperadas conexões que levam à SAUDADE dos bons momentos vividos.

O peso da distância é desesperador, por isso é que a dor sentida deve ser avaliada para evitar a hipocrisia dos óculos escuros, no limite da realidade. No momento de opção que se fecha a porta da segunda

residência aparece o primeiro calafrio da SAUDADE, no cenário da família, dos amigos e das atividades desenvolvidas no passado. Chegam angústias e medos, mas o primeiro passo é dado pelo desapego, na dose certa, para vencer um dia de cada vez.

A força interior é a única alternativa para exercitar a liberdade, com serenidade. O sofrimento que leva ao silêncio e concentração deve refletir na solução de forma pura, para alcançar a vitória, na paz dos destemidos.

Quem ama perdoa e não se preocupa com os preconceitos, na esperança de viver com harmonia, solidariedade e fraternidade. Não se morre enquanto os exemplos e as obras permanecem em lavra culta e inteligente.

Aos coautores, a esperada solicitação: _Não parem de escrever, pois seus textos exuberantes e emocionantes brilharão eternamente nas mentes e corações de todos que os lerem. A persistência é a super força da vontade. Não desanimem!

Para finalizar, vale reler o enfático mérito das emoções desta obra, que conduz os leitores e ledores à primorosa criação contemporânea e descrição de alguns fatos, que trazem a intencional realidade, para composição de um novo plano nos meandros do terceiro volume, que já bate à porta, para espalhar novas experiências vitais e espelhar a SAUDADE de quem fica ou de quem parte.

(*)Sílvia Araújo Motta. Reside em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, há mais de quarenta anos. Profa. Dra. em Filosofia, Profa.em Língua e Literatura Portuguesa e Inglesa. Pedagogista. Estudou na UFMG/BH; na FAMIG e na FAFI-BH. Fundadora-Presidente do Clube Brasileiro da Língua Portuguesa desde 17-02-2000. Presidente-Fundadora Academia de Letras do Brasil-MG:2010/2011; Diretora de Relações Institucionais da ALB Nacional;Atual Vice-Presidente da ALB-RMB-MG. Adesguiana fez Escola Superior de Guerra; Comendadora da ABRAMMIL; Chanceler com Gran-Colar da Academia de Letras de Lisboa/Portugal,Latino-Americano e da Febacla; Poeta, Sonetista, Contista, Trovadora, Compositora, Senadora de Cultura, Amor e Paz; Diretora no Círculo Nacional do Meio-Ambiente e Turismo; Comendadora da Ordem Templária Humanitária, Comenda Tiradentes/Ordem dos Cavaleiros da Inconfidência/Ouro Preto. Pertence a 27 Academias de Letras, Ciências e Arte no Brasil e exterior. Embaixadora Universal da Paz/França/Suíça/Chile. Conselheira Cultural Estadual/MG, para o Movimento União Cultural. Seiscentas Premiações e Condecorações; Embaixadora Humanitária da PAZ, Alta Comissária dos Direitos Humanos/WPO/OTH/ECOSOC/ONU. Coautora em 127 Antologias; Rainha Internacional dos Acrósticos, tem Oito mil poemas, 4 idiomas, 44 livros-solo. Email:clubedalinguaport@gmail.com / Email: silviaraujomotta@yahoo.com.br

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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 20/11/2014
Reeditado em 20/11/2014
Código do texto: T5042098
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