Trecho extraído do livro Curso de Inicial Logosófica pag 10
Desde os alvores da atual civilização, foram se
somando, dia após dia, os que nenhum esforço
fazem para superar sua inércia mental e volitiva. Das
faculdades de sua inteligência1, só funcionam com preponderância
a imaginação e a memória. As demais
trabalharam e trabalham só por necessidade ou por
alguma premência, observando-se sempre uma acentuada
insuficiência, devido à sua habitual inércia. Estamos
nos referindo à maioria dos seres, ao homem que não
organizou seu sistema mental de modo que todas as
faculdades de seu mecanismo inteligente funcionem,
alternada e ativamente, no ofício construtivo que
devem desempenhar.
A ciência logosófica foi criada para remediar esse
lamentável descuido, esse vazio incomensurável
que já transtornou não poucos juízos, levando a humanidade
à desorientação e ao mais agudo pessimismo.
A Logosofia é uma nova mensagem à
humanidade, com palavras plenas de alento, de
verdade e de clara orientação. Encerra uma nova forma
de vida, forma que move o homem a pensar e a sentir
de outra maneira, graças ao descobrimento logosófico
de agentes causais, que, ignorados antes por ele, se manifestam
agora à vista de seu entendimento, de sua
reflexão e de seu juízo, da mesma forma que à sua
sensibilidade. Com efeito, embora singelamente enunciado
e sem ostentação alguma, como é próprio de
todas as grandes verdades, somos plenamente conscientes
da incalculável transcendência que o
conhecimento desses fatores – até agora incógnitos
geradores de todas as formas humanas de vida – haverá de assumir para o esclarecimento do mistério do homem, no dia em que ele despertar para essa realidade e comprovar a verdade de sua existência, através de cada uma de suas manifestações psicológicas.
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Carlos Bernardo González Pecotche