Nociva influência

São infelizes e nocivas as idéias materialistas. Atribuem que a variedade das aptidões, habilidades, vícios e virtudes, se explicam única e exclusivamente pela hereditariedade e pela influência do meio. É certo que é considerável a influência das condições materiais. Porém, quantos são os casos em que a coragem, a vontade, a determinação e a perseverança fazem pessoas elevarem-se das mais obscuras posições, das classes sociais mais infelicitadas, para as alturas onde brilha o gênio, muitas vezes anônimo? Inúmeros, sem dúvida e não nos referimos apenas ao gênio do intelecto, mas ao gênio da habilidade, da virtude, das aptidões.

Quantos pensadores, sábios, filósofos, nascidos na pobreza, filhos de pais com condições intelectuais ou materiais limitadas, destacam-se pelo auto-esforço? Muitos, sem dúvida. Não são, pois, a condição nem a origem que dão o talento. Um pai ilustrado pode ter uma descendência medíocre. Dois irmãos podem parecer-se fisicamente, nutrir-se com os mesmos alimentos, receber a mesma educação e serem muito diferentes.

Os tesouros da moral, das habilidades, do intelecto são patrimônio do espírito imortal que, uma vez encarnado no planeta, demonstra e aplica suas conquistas anteriores. Mas a isto se soma outra valorosa ferramenta: a vontade! A vontade é a arma por excelência, que as pessoas precisam aprender a utilizar e incessantemente exercitar.

Por isso, o materialismo e suas nocivas idéias somente prejuízos causam à humanidade, porque tenta aniquilar ou dificultar o exercício das potências da alma humana - entre elas a vontade -, que permitem os vôos do progresso e da moralidade.

Estamos perplexos com a atual situação do planeta? Como admirar-nos de tal estado de coisas se os seres humanos ignoram-se a si mesmos e ignoram a extensão das riquezas que neles colocou a Providência Divina, para a felicidade e elevação dos sentimentos?

Baseando o artigo desta semana no pensamento do grande filósofo francês Léon Denis, convidamos o leitor a conhecer o trajeto evolutivo do espírito humano, que não se reduz à mediocridade de uma única e rápida existência na Terra, mas é fruto de permanentes esforços na conquista da sabedoria e da virtude. Eis, em síntese, o ensino sobre a reencarnação, cujo estudo deve ser iniciado a partir de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

Orson
Enviado por Orson em 01/06/2007
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