A MULHER QUE VENCEU O CÂNCER

A pastora Maria Dorvani de Jesus Ferreira Ribeiro, moradora de Goianésia, é o que se pode chamar de mulher que nasceu de novo. Nascida pela primeira vez há 49 anos, Dorvani considera que teve uma nova chance em julho de 2013, quando finalizou o tratamento vitorioso contra um câncer de mama, diagnosticada em setembro de 2012.

“Vejo a vida com outros olhos agora. Passei a valorizar ainda mais os momentos simples e as coisas boas da vida”, conta a mulher que há cinco anos perdeu o marido, o também pastor, Francisco, vítima de câncer.

Dorvani lembra que descobriu o tumor por acaso. Ao fazer autoexame, em casa, descobriu um caroço pequeno, do tamanho de uma semente de azeitona. “Não causava dor ou incômodo”, relata.

“Aliás, deixo aqui o alerta para todas as mulheres. Façam o autoexame, se notarem algo diferente, procurem um médico”, informa.

O tratamento

Sem perder tempo, ela foi ao hospital. Para certificar se o tumor era benigno ou maligno, o médico que a atendeu, solicitou uma bateria de exames. O pior se materializou: o tumor era maligno. Era câncer.

“Apenas duas coisas me vieram à cabeça: se eu viver será por Jesus e se eu morrer será por Jesus”, lembra, com muita fé a pastora. Não restavam muitas opções. “Minha fé aumentou. Não me abalei e, com muito apoio da família e da igreja, busquei tratamento e fui muito abençoada”, informa ela, que desde os dois anos de idade é evangélica. Frequenta a Igreja Fonte da Vida, em Goianésia.

Milagres

Verdadeiro milagre aconteceu quando um empresário da cidade resolveu doar os R$ 6 mil para custear a cirurgia, que Dorvani fez em dezembro de 2012, dois meses após o diagnóstico. “Faria pelo SUS, pouco tempo depois, mas era temerário esperar. Agradeço muito ao Maxiley pela ajuda financeira. A cirurgia foi um sucesso grandioso, outro milagre, graças a Deus”, disse Maria Dorvani, que em momento algum deixou de vender enxovais, de onde provinha o sustento da família, composta ainda pelos filhos Ludmila, 21 anos, e Samuel, 17.

Em questão de meses, Dorvani passou por quatro sessões de quimioterapia e 32 de radioterapias, indo praticamente todos os dias até Anápolis. “Sempre tive duas características muito fortes: sou uma mulher de fé em Deus e muito guerreira. Não entrego os pontos”, revela a mulher que em julho do ano passado terminou todas as etapas do tratamento e não tem mais nenhum sintoma do câncer.

Nova vida

Sem deixar de correr atrás do pão de cada dia, Dorvani teve em outubro de 2013, três meses após o fim do tratamento, uma grande benção: uma família amiga do Tocantins resolveu comprar um restaurante em Goianésia e colocou Dorvani para tomar de conta. Nascia o Fogo no Chão, na Rua 22, no Centro.

Em fevereiro, a melhor parte: a família resolve doar sua parte à Dorvani, que ficou sendo dona do restaurante e trabalha com muito entusiasmo e dedicação. “Foi um grande presente, uma vitória”, disse a mulher, que sabe bem o significado da palavra milagre.

Anderson Alcântara
Enviado por Anderson Alcântara em 24/01/2015
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