Ler para aprender: O projeto genográfico no Queens, NY

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Com o objetivo de mostrar que todas as pessoas estão ligadas umas às outras e que todos viemos de um mesmo ponto do planeta, cientistas investigaram uma espécie de mapa genético dos moradores do Queens, um dos distritos mais multiculturais de Nova York, onde vivem imigrantes de praticamente todos os cantos do planeta.

Em uma feira de rua, pesquisadores colheram amostras de DNA de milhares de pessoas completamente diferentes na maneira de ser, nos costumes e na sua origem. Assim, eles conseguiram identificar marcadores genéticos, revelando que, no Queens nova-iorquino, alguns vizinhos eram descendentes de uma mesma linhagem antiga, que remetia à Europa, à Ásia, ao Oriente Médio e, por fim, à África.

O que a investigação deixa claro é que, se a cor da pele, o sotaque e a forma como nos vestimos revela de onde viemos, os genes podem fazer o mesmo, com muito mais profundidade.

“O que mais me surpreende como cientista é que pudemos comprovar que todos nós viemos da África. Como espécie, saímos todos da África milhares de anos atrás”, disse o geneticista Spencer Wells, coordenador da pesquisa.

A investigação no Queens, foi apenas parte do projeto genográfico.

O projeto genográfico é um trabalho de pesquisa que consiste em coletar o DNA de diferentes grupos étnicos cuja análise e comparação resulta em informações que têm a ver com o ideal de democracia racial: 99,9% do genoma de todas pessoas é virtualmente igual.

O esforço comum de todos os envolvidos com o projeto pode proporcionar uma visão detalhada de quem é a humanidade e como ela vem se deslocando pelo mundo. Nos últimos anos, a equipe internacional do projeto visitou inúmeros países, recolheu e analisou amostras de DNA de diversos povos e buscou montar a árvore genealógica de toda a população global.