O Abraço de Divaldo

Durante o desenvolvimento do módulo UNIFICAÇÃO, no 11. Congresso Estadual de Espiritismo, realizado em Bauru – SP no período de 28/04 a 01/05/2000, nosso Divaldo Pereira Franco pediu aos congressistas que se levantassem. Que ao se levantarem, abraçassem as pessoas que estavam ao seu redor, também participando do Congresso.

Foi uma descontração total e também um momento importante como motivação ao próprio tema que estava desenvolvendo. Uma dinâmica envolvente, pois coloca em prática a própria índole e filosofia da Unificação. Se buscarmos a definição da palavra, teremos que se trata de "reunir num só todo, tornar-se um. Unir-se. Fazer convergir para um só fim". Ora, este "fim" é justamente é objetivo da Doutrina: libertar da ignorância, unir os homens, levá-los à vivência da fraternidade.

Se fizermos uma análise de nosso Movimento, veremos com facilidade que uma das maiores necessidades do espírita – como integrante do Movimento Espírita, é exatamente confraternizar, unir-se com outros espíritas, estreitar os laços de amizade, para que o objetivo maior, alcançável para toda a Humanidade, seja o prazer de estar junto, de realizar em conjunto, confraternizando ideais, mesmo que com diferenças naturais de entendimento e interpretação, fruto dos também diferentes níveis de amadurecimento e entendimento.

Os espíritas precisamos antes de tudo sermos amigos. Tornarmo-nos amigos uns dos outros. Se o ideal em si já une, imagine os benefícios de uma amizade antecedendo ou sucedendo esse ideal. Um esforço adicional de estímulo à amizade é importante para o alcance das realizações do ideal espírita, pois que a sintonia será muito maior e entre amigos que se querem bem, ficam superados os obstáculos próprios de qualquer relacionamento.

Daí a dinâmica feliz de Divaldo. Um verdadeiro convite à amizade, à fraternidade. Esta é capaz de superar rancores, melindres, fofocas, possíveis mágoas e mesmo os difíceis caminhos das diferenças individuais e coletivas.

Aliás, este assunto de Unificação, esta necessidade de união dos espíritas é um tema que necessita de permanente abordagem. Nada conseguiremos se caminharmos para rumos diferentes. Pensemos que temos um alto objetivo em mãos, uma Doutrina extraordinária que veio em benefício da Humanidade e ficamos a perder tempo com querelas ou pontos de vista pessoais? Então, dirigentes e expositores precisam preocupar-se com o assunto, trazendo o tema vez por outra para análise do público, estimulando este mesmo público a pensar nos resultados e benefícios da unificação, onde a principal virtude está exatamente na aproximação dos espíritas para aprimoramento das atividades que vem da troca de experiências...

Fica fácil concluir que o aprimoramento das atividades coloca qualidade na atividade dos Centros e do próprio Movimento. O que queremos: fechar-nos entre quatro paredes e apresentar uma Doutrina, ora triste ou acomodada, dependente ou sem qualquer motivação, ou apresentá-la e vivê-la com todo o dinamismo e alegria que possui? Não é melhor escolher os caminhos do trabalho unido e da alegria contagiante para sermos pequenos tijolinhos deste mundo ainda tão sofrido?...

Orson
Enviado por Orson em 05/06/2007
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