O poder e as classes: uma complexa distribuição

O poder e as classes: uma complexa distribuição

(Não consegui carregar a imagem com as ilustrações, infelizmente!)

Talvez agora com o desenho entendam melhor.

Um artigo singelo e despojado de qualquer vaidade. Amo a minha mãe e a todas as verdadeiras Amélias do Brasil e do mundo. Trabalhadores (e trabalhadoras!!!) do mundo, unamo-nos...hoje, mais do nunca...E SEMPRE. VIVA A MULHER E AS SUAS LUTAS HISTÓRICAS CONTRA TODAS AS FORMAS DE OPRESSÃO E TORTURAS.

Vamos lá:

Tal "engenharia” e estratificação social não é tão simples...trata-se de uma engrenagem "política"...em matemática e física (microfísica, diria M. Foucault) os números desempenhariam um enorme fascínio, posto em jogo diante das relações de poder entre os seres humanos, com suas infinitas descompensações límbicas e sensoriais, no tocante à esfera ético-estética. Explico: Historicamente falando, entre os gregos, ócio era algo reservado às elites. Na Modernidade, o ócio foi peremptoriamente "negado", surgindo, por assim dizer, sua antítese e na contemporaneidade, sua síntese: NEGÓCIO (negar o ócio). Vejam o papel da Revolução dos Preços (revolução comercial) e as mensurações orquestradas pela incipiente burguesia, que àquela altura se utilizava (manipulava/controlava) a mais-valia absoluta.

Amiúde, a "evolução industrial" e a conseqüente Revolução Industrial inglesa (+-1760), mitigou ainda mais as classificações sociais através da mais-valia a essa altura já "relativa", isto é, com o emprego de técnicas mais sofisticadas de processamento, distribuição e acúmulo de capitais, através da superexploração da classe trabalhadora e submissão do trabalho às novas regras contratuais, que não incluíra quaisquer direitos trabalhistas e/ou de participação política ao insurgente lumpem-proletariado. Foi preciso, doravante, quebrar máquinas (ludismo) e conscientizar os operários nas fábricas e falans-térios (cartismo). O Deus judaico-cristão foi guilhotinado "simbolicamente" pela burguesia financeira francesa, não sem antes cooptar boa parte da nobiliarquia (fulliers). Daí, talvez se possa explicar o quê estaria ocorrendo com as novas etapas desse processo em relação à mais-valia internacional e seus desdobramentos aqui no "trópico dos pecados"...tudo aqui é permitido em nome de uma moralidade pernóstica, posto que deformada pelos projetos "degenerados” de república.

Os positivistas ganharam a contenda e os militares assumiram o poder, com um golpe de Estado contra uma monarquia já moribunda. Assumiram o controle os republicanos, que nada de republicano possuíam ou acreditavam, senão no soerguimento de uma plutocracia (ir)responsável com a coisa (res) pública, já que odiavam a nossa arraia miúda, sobretudo os negros, os nossos índios e os mestiços. Estes eram criminosos em potencial e deveriam ser perseguidos e caçados pela polícia política, que seguia entusiasticamente os apelos e pregações de teóricos daquele Estado policialesco, que punha em prática o que diziam Garófalo, Cesare Lombroso, Nina Rodrigues e Afrânio Peixoto, os mais afamados penalistas do limiar do século XX _ mas com as mulatas...ahhh...com elas queriam estar [na cama!]. A "puta" e "santa" habitavam uma mesma ambiência psíquica, o que determinava um estado comportamental ambivalente no seio da família nuclear. Pedofilia e violações de gênero? Estes temas eram pouco conhecidos, e, porquanto disso, sequer aludidos, fosse nos tribunais, fosse nos parlamentos.

A tudo nos roubaram. Até mesmo as consciências, prejudicadas pela desnutrição, pelas doenças e pela ignorância (eles próprios, aí inclusos). Isto mesmo, produzimos, também, uma elite rica e poderosa economicamente, mas iletrada, sem caráter e sem escrúpulos, isto é, corrupta. Em outras palavras, nossa burguesia tupiniquim faz com o 'público', aquilo que a burguesia financeira (de ontem e mesmo as de hoje), fazem na [vida] privada. Só que nos centros [europeus] eles se resignaram e, não raro, se envergonharam, ante a exposição dos seus malfeitos “publicizados” e expostos àquelas comunidades que preservaram identidades e, nalguma medida o traçado percorrido em nome das lutas travadas por seus antepassados, ungidos pelas tradições consuetudinária e folclórica, eu diria.

Em nossas identidades e atitudes comportamentais não se apresentam sinais de consciências individuais, tampouco memória coletiva quiçá até os dias atuais, a despeito dos esforços da Nova República (1988). Não temos vergonha dos malfeitos e de atos indignos praticados_ e nesse sentido, passo a entender o quê o “príncipe dos sociólogos”, FHC, quis atribuir maior tolerância quanto a conduta ética no comportamento político no país. Ao contrário: há casos em que se sustentam o orgulho por práticas delituosas, desde que se produzam numerários conformes à manutenção/aquisição/preservação do status quo. Não é à toa que "ostentação" é palavra de ordem entre os mais jovens, manifesto pelo "funk ostentação" e pelas atitudes de alguns "artistas" e "modelos" que se exibem nas redes sociais e nos enfadonhos reality show's.

POR ISSO O SLOGAN "BRASIL PÁTRIA EDUCADORA" VEIO EM BOA HORA. Não nos esqueçamos da necessidade da criação do nosso sindicato nacional (e utópico!!!) de PROFESSORES.

Asta la vista, prezados colegas...que os futuros advogados atuem na defesa dos interesses dos mais carentes e despojados de valores tão aviltantes, que, afinal, ainda nos indigna em empobrece enquanto nação!

FELIZ DIA DA MULHER

Prof. Abisaí Leite (Bisa)

SEEDUC –RJ

COLÉGIO CASTRO & SILVA – SOMEC (Campus Campo Grande/RJ)

Abisai Israel
Enviado por Abisai Israel em 07/03/2015
Reeditado em 08/03/2015
Código do texto: T5161548
Classificação de conteúdo: seguro