Amigos...

Amigos...

Sempre tive uma necessidade vital de ter muitos amigos e tentei preservar minhas amizades dedicando tempo, carinho e atenção a todos indistintamente, já que como dizem por aí, amigos são os irmãos que escolhemos ao longo da vida. Quero amigos comuns, reservados e discretos, para me ensinarem que na vida, a simplicidade, a discrição e a humildade são essenciais a todos os seres humanos. Quero amigos palhaços, alegres e brincalhões, para que eu aprenda que na vida nada deve ser levado tão a sério, tão a ferro e fogo. Quero amigos céticos, desconfiados e desinteressados, para que eu tente fazê-los entender que é preciso acreditar, que a fé é capaz de coisas incalculáveis, mas se isso não for possível, que eu saiba discordar sem ferir, contrapor sem magoar e saber colocar-me no lugar do outro em toda e qualquer circunstância. Quero amigos que creem, que buscam amparo em algo superior a nós, que se renovam na fé em cada dificuldade, para que eu possa também contar com essa força nos meus momentos de indecisão. Quero amigos ricos e excêntricos, para que eu aprenda que ter não é pecado, mas esbanjar e ostentar seus bens, causando desconforto aos demais é degradante e que gastar sem planejamento pode fazer falta em momentos de crise. Quero amigos pobres e batalhadores, para que eu aprenda a valorizar o pouco, que eu vibre com as pequenas conquistas do dia a dia, para que eu não viva uma vida de sonhos e ilusões infundadas, me desgastando em buscas inúteis. Quero amigos que morem a quilômetros de distância, para que eu conheça o significado da palavra saudade, que os reencontros sejam uma verdadeira festa, para que eu perceba que mesmo distantes as amizades verdadeiras permanecem intocadas. Quero amigos por perto, ao alcance dos olhos, para que nos meus momentos de solidão e fraqueza possam me alegrar com seus sorrisos, me auxiliarem com suas palavras, me confortarem com seus abraços. Quero amigos experientes, vividos, maduros, para me ensinarem a viver bem e com saúde, a ter serenidade e paciência, me mostrarem a dar tempo ao tempo e que o tempo cura, repara, conserta. Quero amigos jovens e impetuosos, arrojados e sonhadores para que eu conserve em mim uma pontinha de juventude, de sonhos e de insatisfação com o marasmo, já que o comodismo e a falta de iniciativa abreviam as nossas conquistas, não nos deixam viver a vida em toda a sua plenitude. Enfim quero amigos que queiram ser meus amigos, me aceitando como sou e me mostrando como são, sem máscaras nem disfarces, pois amigos verdadeiros são sempre bem vindos e não há nada que possa abalar alguém que viva rodeado de bons amigos...

Adilson R. Peppes.

Adilson R Peppes
Enviado por Adilson R Peppes em 21/07/2015
Reeditado em 02/08/2017
Código do texto: T5318372
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