Aniversário da Tijuca!

Vi o Bonde na Rua Aguiar

E comprava no mercadinho antes de ser o Mundial.

Brinquei muito na Praça Afonso Pena

Nos tempos do Laguinho.

Já pisei em lama na Praça da Bandeira

E meu quintal era o Museu Nacional do Brasil na Quinta da Boa Vista.

O Jardim Zoológico o meu passeio preferido.

Já me espremi muito no Maracá.

E vi a patinação no gelo no Maracanãzinho.

A floresta da Tijuca sempre foi para as caminhadas

Já subi o Pico da Tijuca, o Pico do Papagaio. E nadei em Cachoeiras da Floresta, subi a Pedra Bonita e bebi muita água de nascentes na Floresta da Tijuca.

Fui do tempo em que a Barra era só o Oswaldo e o bar piscina, puro mato.

O Brasil comemorou a Copa de 70 em festa, na Rua Aguiar.

E panfletei todos os postes até o Rio Comprido,

Lutando contra a ditadura militar!

Já chorei com o tombo do elevado Paulo de Frontin.

Ajudei na construção da primeira creche no Morro da Liberdade!

E nem passei na prova do Colégio Aplicação da UERJ.

Eu vivi a explosão da bomba, no comício do PMDB na quadra de samba.

Estudei em bons colégios estaduais, no Colégio Estadual Francisco Cabrita e no Colégio Estadual Paulo de Frontin. Sou também ex Santa Teresiana e ex Marista.

Fiz cursinho de vestibular nos tempos que eram juntos, Miguel Couto e Bahiense.

Já fiz festa com a AMOAPRA no projeto “Brincando de Brincar”. Hoje camelódramo.

A Praça Saens Pena era só para cinema, vi filmes no Carioca, América, Bruni Tijuca e Tijuca.

Fiz teatro na Igreja São Francisco Xavier e de lá também assistia filmes alternativos porque ali tinha o cineclube Glauber Rocha.

Na Praça existiam fotógrafos lambe-lambe.

E sempre o café do Palheta.

Hoje temos o Centro de Referência da Música Carioca e o Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro.

Fui em reuniões de discussões para o plano gestor no bairro e sobre os caminhos a seguir em relação ao meio ambiente.

Assistia os passeios de bicicleta nas noites de quarta-feira na Conde de Bonfim.

Foram muitos os eventos que participei de Ciência na Praça com o Espaço Ciência Viva. Junto com o SESC – Tijuca, participei no projeto “Brincando com Energia” para as crianças.

Com o Grupo Conto & Cena, Teatro de fantoches, fizemos apresentações nas Praças do Ziembinski, Praça Afonso Pena e Saens Pena grátis.

Muitos eram os domingos na Praça dos Cavalinhos, Xavier de Brito, com crianças e o famoso bolinho do Rei do Bacalhau.

As empadinhas no Salete e festas dançantes tradicionais no Clube Municipal.

Vivi sambas em todas as quadras da Tijuca e hoje sou Salgueirense.

Fiz “com apoio de comerciantes, e da Sub-Prefeitura, projetos para crianças como “Abaetetuba na Praça Saens Pena” e o “ Fute-Arte” no Alzirão.

Participei da Rede Preventiva “Sangue Bom, Cara Limpa” com o Grupo Conto & Cena, apresentando teatro de fantoches em eventos e nos 247 anos do aniversário da Tijuca.

Vivi a construção do Teatro Ziembinski construído pelo Walmor Chagas, e sei que o corrimão, foi feito de uma árvore tombada para sua construção. Vívida lembrança do meu amigo Tarcísio, do Grupo Ventoforte dos anos 70, hoje reconhecidos como Grupo Hombu.

Vi as ruas sendo fechadas, casas tombadas e os prédios estremecerem para a construção do Metrô.

Minhas filhas foram batizadas na mesma Igreja São Francisco Xavier que toca os sinos todos os dias, às oito horas da manhã. Eu mesma já toquei o sino no passado.

Havia o tempo das festas Juninas da Rua Alzira Brandão em solidariedade ao Sodalício da Sacra Família. Hoje concentra torcedores em festa popular na Copa.

Nos 248 anos de fundação da Tijuca também comemoro, meus 50 anos, sou Carioca, Tijucana e Cidadã do Mundo.

Gisele Sant' Ana Lemos

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 26/06/2007
Reeditado em 23/01/2015
Código do texto: T541293
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.