A CRISE POLÍTICA BRASILEIRA

A CRISE POLÍTICA BRASILEIRA

Hoje à tarde, detive-me diante da TV Senado para assistir ao que o senador Renan e seus seguidores insistem em dizer que não existe crise e culpam a imprensa por alardear fatos para incitar a opinião pública contra o senado. Não sou jornalista, mas lembro-me de uma máxima jornalística que diz: se um cachorro morde um homem, nada de extraordinário, mas se um homem morde um cachorro, eis aí a notícia. O que está acontecendo e que provoca a repulsa nacional, não nasceu na atual legislatura. O povo ainda não esqueceu os quarenta denunciados pelo Procurador da República. Onde estão? Na cadeia? Que nada! Estão zombando e do povo e tomando wisky importado. A crise não existiria se a maioria de nossos senadores tivesse mais respeito com o povo e não considerasse os Francinildos brasileiros como instrumento de manobras, como tentaram fazer com aquele pacato cidadão que, mesmo sem força política, derrubou a mais forte autoridade no governo passado – o Palocci.

Pelo andar da carruagem, o senador Renam vai transitar no Conselho de Ética, numa boa, mesmo porque, tendo culpa ou não, fica difícil acreditar que a subserviência partidária do bloco de apoio ao governo e do próprio PT, tenham coragem para apontar o dedo para Renan e considerá-lo culpado, se culpa ele tiver.

Como o Presidente Lula disse que o Estado brasileiro “vai competir com o crime organizado”, há de se esperar uma competição também, entre o Conselho de Ética do Senado e o povo brasileiro. Quem vai ganhar nas duas contendas, só o tempo dirá. O que nos resta? Esperar que novamente um homem morda um cachorro. Quem viver, verá.

Rui Azevedo

www.ruiazevedo.com

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 03/07/2007
Código do texto: T551272