Ódio Mortal ao Atendimento Eletrônico


    Maldito sejam todos os Atendimentos Eletrônicos de todas as Empresas!!
Que se encaminhem direto para a falência, para o diabo que as carregue, para a profundezas do inferno, todas as Empresas Burras que usam essa desgraça maior da comunicação dos dias de hoje.
    Malditas sejam elas. As grandes empresas que acham que a pior coisa que pode lhes acontecer é tratar bem seus clientes, dar-lhes atenção, atendê-los feito gente, ter por eles alguma consideração ao menos. Um pouco que seja.
    Malditas sejam as pequenas empresas metidas a besta que dispensam a telefonista e colocam em seu lugar o Famigerado Atendimento Eletrônico, como, por exemplo a Associação Nacional dos Mutuários, que tem em seus quadros o impressionante número de umas poucas dezenas de funcionários.
    Malditos sejam os fabricantes desse equipamento causador de úlceras, ódios, raivas imensas, que os fazem de maneira a sempre cair a linha quando, finalmente, se consegue falar com um ser humano e já se está quase resolvendo o problema.
   Os Atendimentos Eletrônicos estão transformando o telefone em instrumento de tortura. Uma tortura que é alternada com uma voz feminina repetindo sempre as mesmas mensagens, tornando nossos ouvidos cativos das propagandas de quantas maravilhas a Empresa pode fazer por nós, o QUANTO NOSSA LIGAÇÃO É IMPORTANTE PARA ELES!!!! GOZAÇÃO NA CARA DA GENTE AINDA POR CIMA!!!
   Sem contar a agradável, insinuante, deliciosa, inesquecível musiquinha que dá vontade de matar a mãe de quem a enfiou no telefone e de quem a solta nos ouvidos da gente.
   Antigamente, e não muito antigamente, era até um prazer telefonar. Era melhor do que ter que sair de casa e ir a algum lugar resolver uma pendência, um problema, uma venda ou uma compra. Hoje em dia é uma tortura. Um saco. Um inferno.
O Atendimento Eletrônico tem suas vantagens. Difícil é descobrir para quem. Para as Empresas eu duvido. A não ser para Empresas que não precisem de clientes. Não me lembro de nenhuma. Nem mesmo a Casa da Moeda prescinde de quem lhe consuma o serviço.
   É simplesmente odioso ter que ligar diversas vezes, pagando agora por minuto, para resolver um assunto que poderia ser resolvido em um único telefonema de um minuto ou dois. Ter que agüentar um monte de instruções para se conseguir falar com uma única pessoa, com um único departamento.
  Algumas empresas chegam ao requinte de exigir números e mais números de seus documentos ou protocolo, ou senhas, antes de lhe informar que seu atendimento já está encerrado. Coisa inteligentíssima!
   Bem, pensando bem, pode ser inteligentíssima mesmo: pode ser que estejam ganhando um “por fora” das operadoras pra fazer a gente ficar um tempão pendurado no telefone com os pulsos correndo. Quem sabe?
Fernando Brandi
Enviado por Fernando Brandi em 04/07/2007
Reeditado em 29/07/2007
Código do texto: T551697
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