ABORTO

Os que se intitulam agentes de desenvolvimento do governo criaram o monstrengo da liberação do aborto, que agora já está se voltando contra eles, não lhes dá sossego, não conseguem se livrar dele e não sai da mídia que os fustiga conforme a maré.

Eles insistem e até aventam a possibilidade da realização de um plebiscito que levaria os eleitores as urnas para votar nele, contra ou a favor, fato este que consideram vitória certa, pois se imaginam imbatíveis em qualquer consulta popular, surfando na onda de popularidade do presidente da República que desfruta do vento a favor e está inflado de vaidade pelo apoio dos seus aliados de mil e uma utilidades.

O Papa que visitou o Brasil recentemente reafirmou a posição do catolicismo a favor da vida, dando mais consistência a discussão contra o aborto, enquanto o nosso presidente além de demonstrar dubiedade ao falar sobre o assunto permitia que seu ministro da saúde revelasse a intenção do governo em distribuir gratuita e indiscriminadamente à “pílula do dia seguinte”, considerada “não abortiva” que mesmo aprovada pelo ministério, sua função gera opiniões divergentes entre médicos e pacientes, pois tomada sem prescrição adequada oferece graves riscos à saúde.

Parlamentares que trabalham em defesa da vida são contra e já apresentaram projetos de lei que divergem totalmente da intenção do ministro.

A manipulação do discurso sem padrões de condutas aceitáveis do partido da estrela desbotada para consolidar-se no poder, pode custar caro ao país enquanto a cidadania estiver atrelada ao assistencialismo subalterno que submetem o pobre povo e o povo pobre a experiências sociais e políticas que constituem completa subversão aos modelos pré-existentes.

O número de mulheres que fazem aborto anualmente se aproxima de um milhão segundo o Ministério da Saúde, e já se tornou a quarta maior causa de mortes no país.

Não entendo isso. Se o aborto é ilegal, com que base o ministério apresenta um número dessa grandeza, cujas conseqüências práticas são imensuráveis e de péssimo resultado? Será que estariam confessando uma coisa que muitas vezes repetiam que diziam que não sabiam e sabiam?

A Organização Mundial da Saúde informa: “o Brasil é o campeão mundial, pois aqui são consumados 1,4 milhão de abortos clandestinos por ano, mais do que todos os outros países da América do Sul reunidos.”

O aborto é polêmico desde o seu âmago, sua própria definição já é difícil. Para os médicos principalmente, o aborto é todo produto da concepção eliminada, com peso e idade fora dos padrões protocolares das ciências transitórias.

Para os religiosos o aborto é a morte de uma criança no ventre da mãe, produzida em qualquer momento da vida que vai da fecundação até o nascimento.

Mesmo que filosofias distintas apresentem o aborto como um "fato da razão," elas estabelecem uma diferença essencial entre os já nascidos e os que ainda irão nascer optando moralmente entre a vida da mãe e a vida do feto nos casos de "aborto terapêutico", por exemplo.

Por mais que a gravidez não seja desejada, a perspectiva moral aparece claramente nos casos de abortos consentidos em casos de má formação congênita grave quando se deve considerar o sofrimento dos pais.

Qualquer ato que atente contra essa nova formação, é um ato contra a vida, não está em pauta o tempo que isso ocorreu, pois "deve-se ao Cristianismo o entendimento segundo o qual o aborto significa a morte de um ser humano e, é, pois, virtualmente, homicídio".

Para o Espiritismo o aborto é um crime hediondo que produz uma série de conseqüências espirituais, perispirituais, físicas, psicológicas e legais. Já que não existe o acaso, tudo na reencarnação acontece sob a égide de Deus, o Senhor da Vida.

Nós estamos preparando hoje a reencarnação de amanhã. Um aborto provocado agora será mais além o aborto espontâneo, pois a paternidade e a maternidade não valorizadas hoje, o será com certeza amanhã, em outra encarnação, mas então por um processo educativo, que passa pela dor e pelo sofrimento redentor.

O aborto é um crime nefando, porque praticado contra um inocente indefeso, o produto da concepção está vivo, e tem o direito Divino de continuar vivendo e de nascer.

O aborto é um crime, e se não é admissível que morram mulheres jovens, pior ainda é que se assassinem covardemente aqueles que vão nascer mais indefesos, praticando-o.

Aceitar e compactuar com a legalização do aborto é legalizar o crime e o assunto é tratado do artigo 124 ao 128 do Código Penal.

O "aborto seguro" com que acena o governo, dizendo-se defensor da vida da mulher e da saúde pública, não passa de uma proposta para o crime, em que saem em desvantagem os inocentes e indefesos, premiando a irresponsabilidade, excetuando-se desta os casos de estupro, no qual também não se justifica o delito, pois mesmo aí existe um compromisso cármico a ser cumprido.

Nilton Salvador
Enviado por Nilton Salvador em 11/07/2007
Código do texto: T561194