Prostituição Infantil

Você sabia, caro leitor, que no mundo e em nosso país ainda enfrentamos o grave problema da Prostituição Infantil, e que isto é um comércio extremamente rentável ?

Sim, lamentavelmente ainda encontramos indivíduos que lucram através da dificuldade alheia. Até quando isso acontecerá? As grandes vítimas da prostituição infantil são crianças pobres que vivem na periferia de nossas cidades e que trazem consigo um histórico de violência na família, muitas sendo inclusive molestadas pelo próprio pai ou padrasto.

Crianças e adolescentes que não suportam mais viver em condições indignas e são expulsas de casa pelos constantes abusos que sofrem por parte de quem deveria protegê-las e amá-las. A alma da criança e do jovem é muito suscetível aos exemplos oferecidos pelos pais, se no lar não recebem amor, segurança e estrutura para uma existência digna, fatalmente vão à procura disso e saem às ruas, contudo, nas ruas não encontram a tão almejada segurança, mas sim pessoas dispostas a explorar suas fraquezas em benefício próprio.

Segundo dados do Ministério da Justiça, em 16,88% dos municípios brasileiros existe a exploração sexual infantil, e pasmem, leitor paulista, São Paulo ocupa o 1º lugar do ranking, com 93 municípios citados. Há pouco tempo o Jornal da Cidade de Bauru trouxe à tona a questão da Prostituição Infantil, mostrando que Bauru também está longe de ser exemplo. Mas já que levantamos o problema neste texto, é necessário sugerirmos uma solução.

A falta de impunidade de quem explora é fator preponderante para que a Prostituição Infantil ocorra? Sim, a falta de impunidade aumenta a sensação de que nada ocorrerá à quem explora esses menores. Entretanto, forçoso admitir que punir esses indivíduos é apenas punir, imperioso, pois, fazer mais, imprescindível ir além e reconstruir a vida dessas crianças e adolescentes. O que agrava de fato o triste quadro da Prostituição Infantil é a falta de amor que ainda impera no coração humano. Não tão somente a falta de amor por parte da família dessas crianças e adolescentes, que através da violência dentro da própria casa escancaram a porta para que seus filhos e filhas sirvam de mercadoria. Mas também a falta de amor por parte de quem se utiliza dos “serviços” dessas crianças.

Muitas vezes são homens casados, com razoável situação financeira que se aproveitam desses menores, homens que têm filhos da mesma idade que os menores com que se deitam... É dessa falta de amor que falamos, caro leitor, desse abuso, desse aproveitar a fragilidade dos outros, onde o mais forte subjuga o mais fraco. Alguns poderão dar risada da sugestão de que o amor nos livrará dessa infeliz alcunha de exploradores de menores, afinal, problema dessa magnitude solucionado apenas com amor, só pode ser ficção. Mas o amor é a solução mais simples, barata, duradoura e eficaz... O amor acompanha, cuida, socorre. Como então amar quem eu nunca vi na vida? Comecemos por não explorar, depois por agir em benefício da pessoa necessitada. Ao invés de explorar sexualmente, eu vou lhe proporcionar um ombro amigo para que ela fale de suas dores, alegrias e tristezas. Ao invés de lhe dar dinheiro em troca do corpo, eu vou lhe dar carinho, vou lhe tirar das ruas, proporcionar uma boa educação, vou se possível for atender sua família nas necessidades básicas. É a falta de amor que nos coloca cada vez mais dentro de graves problemas sociais... Aborto, Prostituição Infantil, Escravidão Infantil, miséria, violência, são todos problemas advindos do egoísmo humano. A questão está em amar e dar respaldo afetivo à essas crianças e adolescentes, para que vençam na vida e se tornem adultos dignos e conscientes, aptos a transformar nosso país em uma sociedade ideal, fazendo expandir os laços de amor a refletir a gratidão por terem sido amados como seres humanos que são.

Pensemos nisso.

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 14/07/2007
Código do texto: T564527