TELEVISÃO – O RESGATE DE UMA HISTÓRIA
Artigo de:
Flávio Cavalcante 
 
     Aqui eu peço licença para abrir um leque e homenagear homens que levam a vida pesquisando tudo sobre novelas pela paixão de não deixar morrer essa arte que há décadas arrancou lágrimas, como também atiçou dentro dos lares momentos de tanta descontração com as gargalhadas provocadas pelos telespectadores que jamais deixaram de assistir um só capítulo dos folhetins apresentados pelas emissoras.
 
     A história da teledramaturgia é uma memória viva ainda nos tempos atuais e tudo graças à historiadores e pesquisadores que resolveram arregaçar as mangas e deixar de caráter palpável o que no passado fez parte da história de muita gente; mas que é desconhecida pelas gerações da atualidade e vindouras.
 
     Abro um parêntese para tirar o chapéu para Marcos da Rocha um apaixonado pelo universo das telenovelas e leva a vida entrevistando artistas e buscando nas mais profundas fontes as histórias dos folhetins desde o início da televisão no país.
 
     Em entrevista com o pesquisador ele relata da preocupação de fazer com que a memória da televisão nunca morra e por isso faz esse trabalho árduo, mas prazeroso alimentando a sua paixão desde criança. Marcos da Rocha está compilando todo seu acerto em um livro e pretende brevemente fazer o lançamento dessa história resgatada e muito importante. É a TV exposta para a atualidade e as novas geração vindouras.
 
     Outro resgatador da nossa teledramaturgia é o pesquisador Aladim Miguel. Em entrevista ele disse que “Resgatar a memória da televisão brasileira é um grande prazer para mim, a geração que viveu os momentos da fase áurea da TV, como a minha, deve compartilhar suas memórias. Já se passaram tantos momentos antológicos no nosso cenário televisivo entre telenovelas, séries e desenhos animados, que é sempre muito bom poder trazer esses clássicos à tona novamente. Não podemos deixar desaparecer no tempo esse verdadeiro tesouro que a cultura pop brasileira produziu durante os Anos 70 e 80, sem dúvidas, os anos mais produtivos da nossa TV, sobretudo para a teledramaturgia, que conquistou o Brasil e o mundo nesse período, contanto com o talento de atores, atrizes, autores e diretores inesquecíveis. Eu sou apaixonado por esse período fértil e criativo e sempre vou jogar luz sobre esses momentos que fizeram parte da minha infância e adolescência e que hoje povoam minha memória afetiva. É uma pena que a criatividade dramatúrgica tenha se perdido com o tempo, hoje as coisas estão muito obscuras, sem charme e impacto, infelizmente!”. Aladim Miguel Pesquisador Junho – 2016”
 
     E delatou também que lançar livros no Brasil é complicado. Já participou, como assistente de pesquisa do "Hollywood Brasileira - Panorama da Telenovela no Brasil", e viu como é difícil lidar com a memória televisiva no Brasil.
 
No meu ponto de vista abundo com alguns aspectos do pesquisador, mas o acervo das pesquisas compiladas em livros nas prateleiras de bibliotecas não deixa de ser uma maneira de tornar palpável a memória da televisão brasileira que pra muitos está apagada. Particularmente eu concordo com a ideia do livro e tiro totalmente o chapéu para qualquer um que venha resgatar essa história que estava dentro do baú do esquecimento e hoje é resgatada por estes homens que mergulhados na sua saudosa paixão trouxe à tona o estava praticamente em cinzas.

 
 
 
 
 
 
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 06/06/2016
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