DIA D

Ontem foi uma espécie de Dia D na política do país como não tínhamos há muito tempo. À tarde foi a posse da nova presidente do Superior Tribunal Federal – STF, Carmen Lúcia, com a presença de vários políticos envolvidos na Lava Jato. O ministro Celso de Mello, decano da Corte, fez um discurso contra a corrupção endêmica, e que fragiliza as instituições republicanas. Aliás, ele não fez mais do que reafirmar declarações anteriores nas votações em que salientou que existe a atuação de verdadeiras quadrilhas em nossos partidos políticos, pregando a punição de corruptos que agem como ladrões do patrimônio público.

Depois, foi a vez do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que defendeu a continuidade da Operação Lava Jato que já prendeu vários servidores públicos punidos por prática de corrupção em setores da Petrobrás, principalmente. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, falou sobre a necessidade de se fortalecer o estado democrático de direito e dirigiu crítica à corrupção.

No encerramento, Carmen Lúcia cumprimentou, entre outra autoridade, os ex-presidentes Sarney e Lula, que se encontravam juntos conversando bastante. A nova presidente do STF restringiu-se a falar da linha de trabalho que pretende imprimir na sua gestão.

À noite a Câmara Federal reuniu-se para a votação de cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha. Em menos de três horas, o placar eletrônico acusou 450 votos a favor da cassação do parlamentar do PMDB. Assim terminou a novela mais longa da história da Câmara dos Deputados.

samuel filho
Enviado por samuel filho em 13/09/2016
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