MOACYR UCHÔA E OS DISCOS VOADORES

O fenômeno dos Discos Voadores foi sempre tratado pelas autoridades brasileiras com excesso de precaução. Alegam agir dessa forma a fim de se evitar uma histeria geral que causaria grande pânico no seio da sociedade. Certamente assumem esse posicionamento por não terem como explicar tal fenômeno. No entanto, sabe-se que alguns poucos militares acreditam na casuística ufológica, sendo que alguns desses desenvolveram verdadeiras pesquisas sobre o assunto, aliás, como é o caso do saudoso, General, Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa, grande pesquisador do caráter científico de fenômenos metapsíquicos, que inclusive nunca negou o fruto de suas pesquisas com relação a assunto tão relevante.

Moacyr Uchôa, como ficara conhecido, era alagoano da cidade de Murici, Estado de Alagoas. Formara-se em Engenharia Civil na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Cursara também a Escola Superior de Guerra. Além disso, fora professor de ensino superior, entre outras atividades. Portanto, como se nota, era pessoa gabaritada e apta a realizar quaisquer tipos de pesquisas que envolviam conhecimentos sobre o universo, motivo, pelo o qual, era solicitado a efetuar palestras sobre fenômenos metapsíquicos de modo geral.

Esse general era pessoa conhecidíssima nos meios ufológicos e, por assim ser, reunia-se frequentemente com pessoas importantes de Brasília e de outras regiões numa fazenda localizada nas cercanias da cidade de Alexânia em Goiás, onde fazia suas vigílias com a finalidade precípua de observar as naves alienígenas que apareciam nos céus daquela região. Todas essas observações e experiências encontram se devidamente catalogadas em forma de relatórios em alguns de seus livros, constituindo-se em importante acervo para cientistas e estudiosos do assunto.

Sendo assim, e para que os leitores possam fazer uma idéia, destaca-se aqui um desses relatórios, o de número 17, publicado no livro de sua autoria, “A Parapsicologia e os Discos Voadores”, págs. 135 e 136; denominado de “UMA EXPERIÊNCIA MAGNÍFICA” – “Fazenda Vale do Rio do Ouro, 16 de janeiro de 1972:

Achávamo-nos na noite de 16 de janeiro de 72 no ponto de observação. Éramos oito pessoas, inclusive o Cel. Francisco Stanzione Madruga e sua esposa, o Sr. Michele Balsamo e esposa, o Sr. Roberto Beck, da Caixa Econômica Federal, o Sr. Cotrim, também da Caixa Econômica, os estudantes Rubem Gallina e Arnaldo Gallina Júnior, aquele de Engenharia Mecânica e este vestibulando. Ali nos postamos, sem qualquer ocorrência, naquele ambiente escuro, amplo, silencioso. Depois de alguns minutos, decidimos descer a encosta para observar um pouco abaixo. Fizemo-nos acompanhar pelo estudante Rubem Gallina e pelo Sr. Roberto Beck. No novo ponto de observação, ficamos colocados entre os dois. Ao sentirmos a sintonia telepática, que se anuncia por uma sensação de leveza, comunicamos aos amigos que iríamos deixar fluir o fenômeno, mas que trataríamos de anunciar em alta voz o que percebêssemos. Sentíamo-nos bem, apesar do estudante Rubem haver acusado bastante calor, ficando bem suado, conforme declarou, apesar do relativo frio ambiente.

Seguiu-se o entendimento telepático, em que transmitíamos, em alta voz, o teor recebido e, a seguir, falávamos o que desejávamos, como em conversa. O interesse deste relato reside no fato de que, ao encerrar-se aquela “suposta” transmissão telepática, em que se davam instruções sobre procedimentos ali, resolvemos racionalizar, como é de nosso hábito e exigir uma prova material da autenticidade daquele até então, repetimos, “suposto” contato telepático. Queríamos prova de verdade, e pedimos também em voz alta. Recebendo de volta palavras que traduziam relutância no atendimento sob vários pretextos (também transmitidas alto), voltamos a insistir peremptoriamente na prova material, pois, de outra forma, nos suporíamos em desequilíbrio mental, criando situações suspeitas, como falar, naquele ambiente, com qualquer outra personalidade nossa, que criássemos por auto-sugestão. Chegamos a dizer que não teríamos mais nem condição de ali voltar (tudo isso em voz alta), pois que, àquela altura, ainda, estávamos em tempo de nos salvar do desequilíbrio total (da “maluquice”), não mais pretendendo ali regressar. Com tal insistência, apontamos à frente, um tanto para a esquerda, o local no qual queríamos o sinal, falando alto: “desejo um sinal objetivo ali...”, estendemos o braço e apontando ...então, deu-se o grande acontecimento: Acendeu-se uma luz fosca, de colorido vário, mas um tanto à direita: vermelho-claro, amarelo e branco. Vista por nós três nitidamente, era de dimensão aparente, razoável, colocada a uns 200 a 300 metros um pouco abaixo, próximo à extremidade do bosque do lado direito, e um pouco para trás. Tivemos, então, uma viva e justificada emoção e dissemos: “muito obrigado; mais uma vez, temos a prova de um verdadeiro contato telepático, isso nos estimulará na persistência para conseguirmos um contato físico, plenamente objetivo”.

Enfim, esse valoroso pesquisador era pessoa séria, possuidor de caráter ilibado e grande conhecedor de assuntos ufológicos de modo geral. Ao falecer em Brasília no ano de 1996, deixou-nos grandes obras, tais como os livros, “Mergulho no Hiperespaço”; “Além da Parapsicologia” e “A Parapsicologia e os Discos Voadores", dentre outros. Por tudo isto, deixou uma lacuna que dificilmente será preenchida.

Amarú Inti Levoselo
Enviado por Amarú Inti Levoselo em 02/08/2007
Reeditado em 02/08/2007
Código do texto: T589716
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