O que aconteceu depois

O que aconteceu depois






Primeiro, vamos chamá-lo de Ele, para descomplicar as coisas. E Ele conseguiu sua ascensão depois de 69 encarnações numa região muito semelhante à nossa. Ora, tão logo alguém ascensiona apresentam-se os 7 Caminhos de evolução superior na jornada cósmica. Algo que poderia ser encarado como uma profissão especializada. Cada uma dessas dir-se-ia vocações apresenta magnitude além do que momentaneamente possa ser compreendido. Há o chamado Caminho para o Raio, o da Filiação Absoluta, o do Trabalho Magnético, Ele ruminou um pouco, não foi de imediato, sabe-se que primeiro passou um tempo estudando música com os anjos, o que incluía teoria e prática de todos os instrumentos conhecidos, depois disso, enfim, optou pelo Caminho de Logos Planetário. Fazendo a analogia entre nós - almas atuando através de um corpo físico - a missão do Logos Planetário é ser a alma de todo um planeta, assim, você há de convir que seu corpo é muito maior, sem falar na responsabilidade sobre a evolução de todas as formas de vida do planeta que ele anima. Jamais por uma vida em particular, mas por todas, simultaneamente. Isso requer um certo aprendizado.

Disseram-lhe que em Vênus havia um ser cósmico de vulto chamado Adônis que fundara uma escola para esse propósito. Então ali chegou e foi admitido prontamente no curso, junto com mais 2 mil estudantes. Durante as primeiras aulas aprendeu a dividir sua consciência em 900 mil frações, cada uma delas encarnou num corpo celeste diferente, evoluiu e tornou à unidade para que Ele pudesse compreender como cada porção se ajusta às outras a fim de fornecer sustentação à forma divina maior. Resumindo, parte de seu aprendizado consistia em estruturar um sistema de consciência amoroso e amparador para um planeta inteiro. Essa etapa durou o equivalente a 2 mil anos terrestres.

Depois, noutra etapa, Ele praticou um exercício com a ajuda de uma espécie de computador, onde virtualmente se concentrava com energia exacerbada sobre determinada entidade, forçando-a a aceitar seu ponto de vista. Esse teste simulado resultou na retirada do livre arbítrio da entidade e por fim em sua morte, o que não seria bom se fosse real, pois Ele teria que assumir o karma em questão. Ademais, a função de um Logos Planetário é manter o equilíbrio, o que significa guiar as formas de vida sem intromissão em seus desejos, ainda que estas criem sofrimento para si próprias.

Em estágio posterior Ele teve que ligar a própria força vital com o planeta, o que ocorreu com a ajuda de seu instrutor. Durante essa fase Ele colocou o globo inteiro dentro do seu chakra do coração. Tal processo também durou cerca de 2.000 anos. Como Ele era um Logos Planetário de primeira viagem, três irmãos de igual estirpe juntaram-se para auxiliar na criação de determinados vínculos espirituais com o futuro corpo, até o dia da transferência final. Adônis lhe concedeu férias de 50 anos antes que se consumasse a encarnação plena no orbe que lhe fora destinado. Houve até uma festa de encerramento do curso celebrada pelos 2.000 estudantes, juntamente com o instrutor e outros auxiliares. Cada estudante iria para um local determinado, mas estariam todos interligados, como numa rede.

Fazendo agora um breve aparte, nos anos 90 foi concedido ao médium James Van Praagh a oportunidade de ver o processo de nascimento de um ser humano antes de penetrar o útero da mãe. No livro de sua autoria "Em busca da espiritualidade” há um trecho dedicado ao tópico e para encurtar uma longa história Van Praagh narra que o que ele viu era incompreensível, portanto, não traduzível em palavras. Agora, imagine a encarnação de um Logos Planetário num planeta.

Chegou o momento de verbalizarmos o nome do Logos bem como de seu destino, e o leitor já bem pode supor de quem se trata. O Logos atende pelo nome de Sanat Kumara e o planeta, Terra. Talvez você se pergunte onde Gaia entra nisso tudo, afinal no nome Gaia paira uma sugestão feminina, porém vale lembrar que uma vez a ascensão concluída, e Sanat Kumara, como vimos no início do artigo, havia resolvido esse estágio, as energias masculinas e femininas se fundem e funcionam num patamar do qual ainda existe por aqui raro discernimento.

Efetuando outro breve aparte, no ano de 2014, em programa dominical da TV Cultura, houve uma série com os últimos trabalhos do naturalista top David Attenborough, onde ele mostra uma aranha minúscula, do tamanho de uma joaninha, subindo num ramo, então ela pára por instantes, de seu ventre jorra para o alto um fio transparente, este encontra uma corrente de vento que passa a funcionar como uma vela e ela, a aranha, se lança na corrente para uma viagem de, pasme, 940 quilômetros, até aterrissar calmamente nas Galápagos. Attenborough reúne cancha suficiente na área para afirmar que ela sabe o que o que está fazendo.

Teria Sanat Kumara, findas as suas férias de 50 anos, sofrido um ligeiro vislumbre da imensidão e diversidade que paulatinamente surgiriam na área animada por ele? Terminadas as sessões finais com Adônis e estabelecida uma conexão especial com o reino angélico, afinal, iniciava-se também a semeadura de um trabalho íntimo entre os anjos e a Terra, chega o dia da transferência.

Sanat Kumara foi inserido num aparelho de enorme potência, ativado por uma força impensável e lançado à Terra. Para assegurar a estabilidade no trâmite da transferência os três irmãos Kumaras estabeleceram uma triangulação de energia. Ocorre então a encarnação completa, entretanto, o ligame absoluto com todas as partes da Terra levou mais milhares de anos, tempos de intensas tempestades elétricas e fatigantes ajustes nas redes de energia.

De acordo com Vywamus - considerado a mônada de Sanat
Kumara, tais eventos tiveram lugar há 18 milhões de anos atrás.

O que aconteceu depois apenas supomos que sabemos.


(Imagem: Sketchbooks de Maruyama Okyo)
Bernard Gontier
Enviado por Bernard Gontier em 03/02/2017
Reeditado em 10/06/2020
Código do texto: T5901421
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.