OS NOVOS REVOLUCIONÁRIOS

Nos dias atuais, para que um jovem seja socialmente aceito por seus colegas e professores numa Universidade Federal (sobretudo nas áreas de ciências humanas e sociais), basta que ele passe a comungar das ideias defendidas naquele nicho. Isto é: via de regra, basta que ele passe a defender cegamente a visão de mundo sustentada pela Esquerda, a qual tornou-se onipresente e hegemônica no meio universitário.

Note-se que essa mesma visão de mundo com viés esquerdista é também largamente disseminada e defendida na grande mídia, além de permear, em maior ou menor grau, todo o cenário político e cultural do país: ela prevalece, enfim, em todo o establishment. Ou seja, o ideal revolucionário que outrora impelia as almas incautas e os corações imprudentes dos simpatizantes da Esquerda, hoje não passa de puro conformismo em relação ao sistema.

É por isso que, atualmente, ser “revolucionário” é rebelar-se contra esse establishment no qual predomina o ideário esquerdista. Ser revolucionário, agora, é defender o Capitalismo e o Livre Mercado (em resumo, a Liberdade Econômica) em detrimento do malfadado e utópico Socialismo, que na teoria é lindo mas na prática é monstruoso. É defender a política da prudência e da cautela (o Conservadorismo) em detrimento de ideologias nefastas e inconsequentes que negligenciam a tradição e a sabedoria consagrada pelos séculos. É preferir Burke a Rousseau e Mises a Marx. Paradoxalmente, ser revolucionário, hoje, é defender ideias que no passado foram chamadas de antirrevolucionárias.