Comedores de terra

Outro dia lí uma reportagem em um portal da internet, dizendo que 10 milhões de Chineses bebem sua propria urina como forma de preservar a saúde: Um hábito milenar, conforme a matéria.

Repasei para uma amiga e parece que ela ficou chocada! Imaginem que esta pessoa é médica e tem uma longa passagem por trabalhos com medicina natural, comportamentos alimentares, enfim, sabe das coisas ou acredita que sabe.

Se ela ficou chocada, imaginem o povo, desprovido de conhecimento e percepção analítica!

Tenho conhecimentos rudimentares sobre agricultura mas, uma percepção sobre a mesma, até por instinto de sobrevivencia, e analisando-a através da historia, ou dos ultimos anos, me vem à lembrança:

Que o feijão que eu comia na minha infancia era colhido após 90 dias, e em terra comum, sem contaminação química ou insumos agrícolas.

Se compararmos aos dias atuais, vamos ter este mesmo alimento, ou com o nome de "feijão", sendo colhido em 50 dias, com produtos defensivos e adubação química, portanto, este alimento, o feijão, ficou na terra menos 40 dias, portanto menos tempo para extrair da terra, as potencialidades alimentares inerentes a este alimento.

Qualquer pessoa com algum raciocinio diria, que menos vitaminas e sais minerais estão sendo repassados para o nosso organismo, ja que somos os consumidores desta leguminosa.

Outro exemplo vem do frango, que era criado solto, comendo milho,

grama, insetos, areia e outras substancias alimentares da natureza, e era abatido em um período de 8 a l0 meses.

Hoje temos o frango de granja criado no isolamento, se alimentando de ração e hormônios do crecimento, engorda e é abatido em 50 dias, e maior que o frango comum.

A qualidade do primeiro é superior uma dezena de vezes, para os comedores de carne.

Diferença brutal de qualidade entre o primeiro, criado naturalmente, e o segundo artificializado.

Estou me referindo somente ao feijão e ao frango, deixando de lado toda cadeia alimenticia que se insere nesta ordem, na qual os seres humanos se abastecem.

Estamos consumindo alimentos superficialmente produzidos, e envenenados!

Por causa do superficialismo, o ser humano começa a se alimentar em demasia, uma maneira que o organismo encontra para compensar, retirando substancias para a sobrevivencia: Come-se muito, para alimentar-se pouco, porque a comida não tem nutrientes.

È comum ver os americanos e outros povos que optaram por este modo de alimentação superficial, se entupindo de vitaminas, bombas energéticas e outros, para se manterem de pé.

Estas doenças degenerativas dos ossos e do cérebro, não seria por falta de componentes que só a terra oferece, e no tempo certo de maturação de um alimento?

Raramente se encontra uma pessoa saudavel nos dias de hoje. Isso não merece uma grande observação coletiva?

Pode-se começar a suspeitar objetivamente. Os sinais são muitos, mas a vontade politico/coletiva é anêmica e subjetiva, e esbarra nos interesses econômicos.

Daí podem estar surgindo o mal de Alzhaimer, a doença de Parkinson, a osteoporose, impotencia sexual e depresão, entre outras.

Nas minhas andanças pelo interior, conhecí pessoas que comiam cacos de telha, pedaços de pau pôdre, ossos, ferrugem de panela velha, cavanhaque de bode torrado, casco de tatú.

Conhecí um pomerano trabalhador que gostava de comer picumã.

Notadamente havia um processo de verminose em andamento e um fator de reposição orgânica, pelas perdas retiradas do organismo infestado.

Esta alimentação não convencional é que os mantinha vivos!

Os nossos nutricionistas deveriam fazer um estudo aprofundado sobre as propriedades da terra, e a sua viabilidade para o consumo humano. Conheço pessoas saudaveis e cultas, que tomam pilulas de argila e se sentem muito bem.

Deveria se estudar a ingestão de uma porção de terra na alimentação humana.

Não é ela que nos dá a energia e a grama, as arvores e as frutas, e os cereais para a nossa sobrevivencia?

Vamos comer um pouquinho de terra com arroz e feijão?.-