SOBRE A "GREVE GERAL" E SEU VIÉS ANTIDEMOCRÁTICO

DEMOCRACIA significa o “poder do povo”, isto é, da maioria. A Esquerda, embora utilize recorrentemente o termo em seus discursos demagógicos, distorce-o deliberadamente de acordo com o contexto, a fim de sustentar sua narrativa ideológica do momento. De fato, para a Esquerda, o processo democrático só é válido quando a beneficia. Quando a maioria da população não concorda com alguma proposição esquerdista, a vontade popular é sumariamente desconsiderada por essa mesma Esquerda que, descaradamente, se coloca como suma defensora do povo.

Essa contradição entre o discurso e a prática fica especialmente evidente em dias como o de ontem. A “Greve Geral” não teve absolutamente nada de popular. Foi, como de costume, um movimento artificialmente criado, orquestrado e sustentado por segmentos ínfimos da sociedade. Seus idealizadores não representam, em absoluto, o povo brasileiro: são sindicalistas e líderes de “movimentos sociais” que há muito tempo foram cooptados pelos partidos de Esquerda, não passando hoje de meros capachos dos mesmos. Esses poucos agitadores, no entanto, acabam fazendo muito barulho: reúnem em torno de si uma camarilha de arruaceiros e, por meio do terror e da intimidação, forçam outras pessoas a aderirem aos protestos e paralisações.

Uma cena que circulou pelas redes sociais demonstra perfeitamente a que me refiro: em Florianópolis, um grupelho de 7 ou 8 pessoas se achou no direito de interromper, com galhos e faixas, um dos lados da SC-401. Logo, filas enormes se formaram. Eram centenas e centenas de veículos. Centenas – senão milhares – de pessoas que tiveram seu direito de ir e vir prejudicado porque um grupelho minúsculo de desocupados resolveu que elas não poderiam passar. Percebem o absurdo da situação? A maioria tendo que aguentar os desmandos de uma minoria insolente, irracional e hidrófoba. A inversão completa do sentido de democracia.

E o pior é que, para a Esquerda (e conforme o que ela quer que você pense), essa meia dúzia de gatos pingados representa o povo e fala em seu nome. A própria mídia compra essa versão esdrúxula dos fatos, e passa a noticiar os ocorridos como manifestações “populares” quando, a bem da verdade, a impopularidade desses eventos é indisfarçável e notória. Felizmente, o povo – que é, na maior parte, conservador – já está percebendo o que se passa e o tipo de manipulação a que está sujeito. A partir do momento em que esse mesmo povo se der conta de sua absoluta maioria numérica, a estratégia manipuladora da Esquerda – focada na utilização de minorias rancorosas como massa de manobra – está fadada ao desmantelamento.

E eu quero crer que essa reação verdadeiramente popular já está acontecendo.